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Desporto

Governo português reconhece “impacto económico muito relevante” do futebol

Foto EPA
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O secretário de Estado da Juventude e Desporto reconheceu hoje que o futebol profissional tem um “impacto económico muito relevante para a indústria”, mas salientou que a prioridade do Governo é a saúde pública, face à covid-19.

“Está para haver alguma atividade física, alguma prática desportiva. Em relação à competição profissional e a terminar esta época, há uma análise em curso que envolve as autoridades de saúde e especialistas que a Federação Portuguesa de Futebol [FPF] e a Liga de clubes [LPFP] envolveram neste processo”, disse João Paulo Rebelo.

O governante falava após uma reunião que o primeiro-ministro, António Costa, manteve conjuntamente com os presidentes da FPF, Fernando Gomes, da LPFP, Pedro Proença, bem como com os presidentes de FC Porto, Benfica e Sporting.

Na reunião, que durou cerca de uma hora e meia, estiveram ainda presentes o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e os secretários de Estado da Juventude e do Desporto e da Saúde.

João Paulo Rebelo reservou informações mais concretas sobre a eventual retoma dos campeonatos profissionais de futebol para quinta-feira, quando se realizar o próximo Conselho de Ministros, no qual serão anunciadas “uma série de medidas do levantamento de restrições no país”, pelo que “o desporto não podia ser deixado para trás”.

“A primeira preocupação é a saúde pública, mas o Governo também compreende que nesta modalidade em particular há um impacto económico muito relevante para a indústria. Se não podemos deixar colapsar a indústria de uma forma geral, a indústria do futebol também não deve ficar à margem desta preocupação para que não haja esse colapso”, disse o secretário de Estado.

Antes, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, também referiu que a retoma das competições de futebol profissional em Portugal será decidida “nos próximos dias” e que a decisão será analisada “entre técnicos da FPF, com a Liga e as autoridades de saúde”.

“Ouvidos os pareceres das entidades, [o primeiro-ministro] transmitirá se estão criadas as condições para haver a retoma. O nosso propósito [com a reunião] era chamar a atenção do interesse da indústria do futebol em reativar” o futebol desde que estejam garantidas condições “para salvaguardar a saúde pública, acrescentou o líder da FPF.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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