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Milhares de portugueses regressam a casa em voos que transportam ajuda

Foto EPA
Foto EPA

Milhares de portugueses têm regressado a país de origem devido à covid-19, tendo o seu transporte sido assegurado pelas companhias aéreas TAP, EuroAtlantic e Hi Fly, que também têm transportado carga humanitária e material de combate à pandemia.

De acordo com a contabilidade das companhias, o número de portugueses que regressaram é cerca de seis mil, já depois dos condicionamentos do espaço aéreo.

Fonte da TAP Air Portugal avançou à Lusa que a transportadora aérea já realizou 14 voos para trazer de volta a casa os portugueses que se encontravam retidos nos países africanos de língua portuguesa.

Ao todo, “foram disponibilizados mais de 4 mil lugares para que os portugueses que estavam em Luanda, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e S. Tomé e Príncipe pudessem regressar a Portugal”, de acordo com a mesma fonte.

Os voos transportaram para África carga humanitária e comercial.

A TAP operou ainda um voo charter que trouxe do Peru 298 passageiros que se encontravam retidos neste país.

A empresa garante que está “preparada para fazer mais voos, sempre dependentes das necessárias autorizações governamentais”.

Para a China, a transportadora realizou quatro voos para trazer “equipamentos fundamentais para a linha da frente do combate à pandemia, como ventiladores, testes, máscaras e outros equipamentos de protecção individual”.

Por seu lado, a Hi Fly já transportou 1.300 portugueses que se encontravam em Angola e mais de 2.500 repatriados no resto do mundo.

A empresa transportou ainda mais de 150 toneladas de material médico de primeira necessidade no combate ao covid-19 em Portugal, como equipamentos de protecção pessoal, ventiladores e testes de diagnóstico.

Para o resto da Europa e Estados Unidos a Hi Fly transportou mais de 250 toneladas deste material.

A transportadora estima que os voos humanitários de carga e repatriamento se prolonguem até ao final de Maio.

Por seu lado, a euroAtlantic repatriou 1.110 portugueses que se encontravam em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Alguns destes voos levaram carga humanitária para os destinos.

No sábado, a companhia aérea fez hoje um voo de repatriamento de cidadãos brasileiros que trabalhavam em Angola.

A nível global, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infectou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando sectores inteiros da economia mundial.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 2 de Março, o último balanço da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indicava 714 óbitos entre 20.206 infecções confirmadas. Entre esses doentes, 1.243 estão internados em hospitais, 610 já recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.

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