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Confederação pede 5.500 ME a fundo perdido para salvar microempresas em Portugal

Foto Lusa
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A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas defendeu hoje a criação de uma linha de 5.500 milhões de euros a fundo perdido para servir de “ventilador” às microempresas que estão em “situação calamitosa” devido à covid-19.

À saída de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, o presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), Jorge Pisco, disse aos jornalistas que o chefe de Estado foi “muito sensível” às preocupações e propostas relacionadas com a crise causada pela pandemia covid-19 apresentadas pela confederação.

Entre as propostas, já remetidas ao Governo, Jorge Pisco referiu a “criação de um fundo de tesouraria a fundo perdido apoiado pelo Orçamento de Estado para as microempresas” no valor de “5.500 milhões de euros”.

Tendo em conta a “situação calamitosa” das micro e pequenas empresas e as “dificuldades” em aceder aos apoios aprovados pelo Governo na resposta à pandemia covid-19, a verba a fundo perdido “é fundamental” para uma área onde estão cerca de 1,2 milhões de empresas, afirmou o presidente da CCPME.

“Se não nos chegar rapidamente um fundo de tesouraria, é como se faltasse o ventilador às empresas”, considerou o dirigente da confederação.

Segundo Jorge Pisco, as medidas aprovadas até agora, como as linhas de crédito ou o ‘lay-off’ simplificado, “não estão a chegar às micro e pequenas empresas nem à maioria dos sócios-gerentes.

“Exigimos medidas urgentes e que se coadunem com o momento presente”, sublinhou Jorge Pisco, acrescentando que, com as medidas atuais, “as empresas não vão conseguir voltar a abrir”.

“Adiou-se o pagamento dos impostos, os trabalhadores em ‘lay-off’ não se podem despedir, não se fatura, não há dinheiro a entrar, como é que se vai manter as empresas em funcionamento?”, questionou o líder da CPPME.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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