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TAP volta a aumentar ‘tarifas do desporto’

Os preços das viagens sobem 10% a partir de 1 de Julho

As novas tarifas aplicam-se a viagens a partir de 1 de Julho.
As novas tarifas aplicam-se a viagens a partir de 1 de Julho.

As ‘tarifas do desporto’ vão voltar a estar na ordem do dia. Tudo porque a TAP já enviou para as agências de viagens uma nova tabela de preços a aplicar a clubes e associações desportivas, entre Portugal continental e as ilhas e vice-versa.

Na comunicação efectuada, há um anúncio do aumento da taxa base em 10%, para viagens partir de 1 de Julho, confidenciam ao DIÁRIO agentes do sector. Na prática, em alguns dias, os custos por pessoa podem chegar aos 460 euros, bem acima do tecto estabelecido no modelo de subsídio social ainda em vigor. Logo, “prevê-se que a contestação volte à praça pública.

Fonte da companhia aérea limita-se a garantir ao DIÁRIO que “a TAP ajusta as suas tarifas de desporto, que beneficiam de condições especiais, no início de todas as épocas desportivas, e a próxima não será excepção”.

No Verão do ano passado fim da ‘tarifa do desporto’ deu brado, de tal forma que a TAP reconsiderou. Tudo começou a 11 de Março, dia em que a transportadora aérea portuguesa comunicou o fim da ‘tarifa do desporto’, que só em Junho despertou fúria e indignação geral numa queixa apresentada pelo Nacional. Após reuniões destinadas a reverter a situação perante custos considerados exorbitantes e atentatórios do princípio da continuidade territorial.

A TAP chegou a fazer saber que o novo modelo tarifário variável implementado pelas novas tarifas de desporto era “mais favorável para os clubes, atletas e demais agentes desportivos, do que em relação ao modelo anterior em vigor nas tarifas de desporto”, argumentação que não calou os insulares.

Até então, qualquer clube madeirense que participasse em competições nacionais beneficiava da ‘tarifa do desporto’, que estava fixada nos 285 euros. Com a eliminação dessa tarifa, ficavam as equipas sujeitas aos preços e às condições de reserva aplicadas aos passageiros em geral, sendo claramente desrespeitada a especificidade da actividade e a sua relevância para o desporto da Região e do país.

Mais tarde, Miguel Albuquerque solicitou ao Primeiro-Ministro “intervenção pronta e efectiva” para que a ‘tarifa do desporto’, entretanto abolida pela TAP, fosse reposta. A missiva surtiu efeito. No final de Junho, a TAP decide manter as tarifas desportivas não só para o Futebol Profissional, mas para todo o desporto em geral, desde que em competições oficiais.

As tarifas do desporto são aplicáveis nas deslocações de equipas - entendidas como grupos de pelo menos nove elementos - envolvidas em competições regulares nacionais. As entidades desportivas insulares e federações desportivas de modalidade socorrem-se da mesma para assegurar condições favoráveis aos seus grupos desportivos, expressas nos limites de custo das viagens e no reconhecimento das características particulares dessa actividade, designadamente junto dos praticantes, independentemente do nível de competição.

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