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McDonald’s e milhares de restaurantes encerram no Reino Unido

Foto Shutterstock
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A rede de ‘fast-food’ McDonald’s anunciou hoje o encerramento de todos os restaurantes no Reino Unido na sequência do apelo do Governo ao distanciamento social devido à covid-19, que levou ao fecho de milhares estabelecimentos comerciais no país.

Os cerca de 1.270 restaurantes vão fechar às 19 horas de hoje para proteger “o bem-estar e a segurança” dos funcionários, bem como no melhor interesse dos clientes, justificou o presidente executivo para o Reino Unido e Irlanda, Paul Pomroy.

A empresa já havia removido todas as suas áreas com mesas e cadeiras e só servia para levar para fora, mas o responsável reconheceu que manter o distanciamento social seguro “é cada vez mais difícil”.

O anúncio de encerramento dos restaurantes junta-se ao feito pelas redes Nando’s, especializada em frango assado ao estilo português e com mais de 400 restaurantes, a rede de cafés Costa, que tem mais de 2.000 espaços.

Outras redes, como a Starbucks, já tinham decretado o fecho desde o fim-de-semana.

Também as lojas de livros Waterstones, de música HMV, ou de roupa Primark, John Lewis, New Look e Topshop, encerraram portas nos últimos dias.

As empresas prometeram diferentes modelos para continuarem a pagar à maioria dos trabalhadores, mas é incerto o futuro daqueles com contratos sem horário, já que o governo só garante 80% do ordenado aos assalariados regulares.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reiterou no domingo aos britânicos a importância de respeitarem os conselhos para manterem o distanciamento social e assim evitarem a propagação do novo coronavírus SARS-CoV-2.

Na semana passada, Johnson apelou às pessoas para deixarem de frequentar espaços de convívio social, como bares, cafés e restaurantes, mas só na sexta-feira é que ordenou o seu encerramento.

Hoje foram publicadas as regras para as autarquias, com o apoio da polícia, forçarem o encerramento de ‘pubs’, cinemas, teatros, ginásios, casas de apostas ou casinos que ainda estejam em funcionamento, embora a maioria já tenha fechado.

As empresas que não seguirem as restrições vão receber avisos de proibição e aquelas que desrespeitarem poderão ser multadas e perder as licenças de venda de álcool.

A legislação que vai permitir a aplicação das mesmas medidas nas regiões autónomas da Escócia e Irlanda do Norte começa hoje um processo de aprovação acelerado no parlamento britânico, devendo ser promulgadas nos próximos dias.

No domingo, o primeiro-ministro admitiu impor medidas mais rigorosas perante as imagens e relatos de grandes grupos de pessoas a passear ao ar livre este fim de semana sem seguir as regras de distanciamento social.

“Se as pessoas não souberem usar os parques e parques infantis de forma responsável, de uma forma que observa a regra dos dois metros de distância, claro que teremos de considerar mais medidas”, avisou Boris Johnson.

De acordo com o balanço mais recente, divulgado no domingo pelo ministério da Saúde, o número de pessoas infectadas pela covid-19 aumentou para 5.683 no Reino Unido, das quais 281 morreram.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afectados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infecções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

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