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Banco Central da Venezuela autoriza banca a vender moeda estrangeira em notas

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O Banco Central da Venezuela (BCV) autorizou a banca e casas de câmbio dos setores público e privado a venderem moeda estrangeira, em notas, no país.

A decisão do BCV pretende dar flexibilidade ao sistema de controlo cambial, em vigor no país e que impedia, desde 2003, a livre obtenção local de moeda estrangeira, apesar de, em 2008, ter passado a permitir algumas operações de transferência e a receção de divisas.

“Os intermediários (bancos e casas de câmbio) vão poder solicitar (...) autorização para proceder à venda das suas posições em moeda estrangeira em dinheiro, derivado das operações de câmbio nos mecanismos estabelecidos no Sistema de Mercado Cambial”, de acordo com um comunicado, divulgado na página ‘online’ do BCV.

A flexibilização tem lugar num momento em que vários economistas dão conta que a Venezuela está a passar por um processo de dolarização da economia, com os comerciantes a afixar preços em bolívares soberanos (moeda venezuelana) e em dólares norte-americanos, usado como referência principal.

Na Venezuela, onde vivem centenas de milhares de portugueses, são cada mais frequentes as queixas da população sobre os altos preços dos produtos e também de que mesmo os custos em dólares variam com alguma frequência, num processo apelidado de “inflação dolarizada” e que afeta também o bolívar.

Segundo os últimos dados oficiais divulgados pelo BCV, em fevereiro último, a Venezuela registou, em 2019, uma inflação de 9.585%.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o líder da Assembleia Nacional, o opositor Juan Guaidó, se autoproclamou chefe de Estado interino até afastar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas no país.

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