>
Madeira

PS propõe grupo de trabalho para encontrar solução que satisfaça madeirenses e easyJet

Carlos Pereira teme “consequências que ninguém estava à espera”

None

Os deputados do PS-M na Assembleia da República defendem, o quanto antes, a constituição de um grupo de trabalho que encontre a solução que melhor interesse a todos no novo modelo de mobilidade aérea.

“É preciso reatar com urgência o grupo de trabalho, um grupo de trabalho que deve ouvir todas as entidades para depois executar aquilo que melhor interessa a todos para que não se tomem medidas que depois tenham consequências que ninguém estava à espera”, defendeu Carlos Pereira, no rescaldo da reunião mantida esta quinta-feira com responsáveis da companhia easyJet.

Na sequência da aprovação do novo modelo de mobilidade e também no seguimento da ‘ameaça’ da easyJet deixar de operar para a Madeira com o novo modelo, os três deputados madeirenses solicitaram uma reunião com os responsáveis da companhia low cost em Lisboa, por entenderem que esta é uma situação que motiva bastante preocupação.

“Para nós o que é muito relevante é satisfazer o interesse dos madeirenses tendo em conta o modelo que melhor interessa e nesse sentido o pagamento directo é o que melhor satisfaz à partida, mas também temos vindo a dizer que é preciso olhar para todas as dimensões do problema para evitar que sejam tomadas decisões que depois prejudiquem a Madeira e os madeirenses”, adverte Carlos Pereira.

Daí a “reunião muito importante” da qual admite terem saído “apreensivos e também de alguma forma preocupados, mas empenhados em encontrar a melhor solução possível”. Face à firme posição da companhia britânica, que dos 600 mil passageiros que transportou de e para a Madeira no último ano, 40% eram madeirenses, o também vice-presidente do grupo parlamentar socialista em ‘São Bento’ pede a devida reflexão de ambos os governos.

A operar para uma centena de rotas, a easyJet reiterou a posição de recusar fazer uma alteração profunda para incluir o novo modelo “o que significa que deixam de ter condições de poder continuar a voar para a Madeira se o modelo for concretizado. Isto é uma notícia má que deve ser integrada na análise e reflexão que os governos, Central e Regional, devem fazer no sentido de garantir que a lei que foi aprovada possa salvaguardar que esta situação não ocorre”. Carlos Pereira espera que “estes avisos não sejam desvalorizados” por quem de direito, ao mesmo tempo que apela a que seja encontrada a fórmula que permita integrar a melhor solução para ambos os interesses.

“Importa garantir que a Madeira tenha um modelo de mobilidade que satisfaz os madeirenses mas que não expulse as companhias aéreas, porque no limite nós ficamos todos pior pelo impacto que isso acarreta”, adverte. Os números da operação da easyJet para a Madeira no último ano é por si só “uma realidade muito relevante”. Considera por isso que “não podemos prescindir de uma companhia com este peso, sem avaliar consequências”. Nesse sentido “é preciso construir uma solução que integre tudo isto”, reiterou, aludindo ao grupo de trabalho que defende com ambos os governos envolvidos em busca da solução ideal.

Fechar Menu