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Poder local: o desafio de fazermos mais e melhor pela população

De que vale ter uma Câmara que não sabe atender às preocupações de cada uma das suas freguesias por igual?

Responsabilidade, visão e compromisso. Premissas fundamentais para quem governa, que ganham ainda maior expressão quando se trata do poder local. Daqueles que, muitas vezes, na maior parte das vezes, dão muito mais de si do que recebem, em prol do bem-estar e qualidade de vida das populações e, naturalmente, do progresso das localidades que lideram.

Este seria o princípio que deveria servir de base ao poder local. Um princípio que, todavia e infelizmente, nem sempre se cumpre, num desequilíbrio evidente que se tem vindo a agravar, ao longo dos últimos anos, entre as promessas que se fazem em campanha eleitoral e aquelas que são respeitadas.

Hoje, temos concelhos onde a falta de resposta às reais necessidades dos Munícipes – mesmo desperdiçando-se dinheiros públicos – fazem parte do dia-a-dia. Temos concelhos com enorme potencial de desenvolvimento e crescimento socioeconómico e cultural que, contudo, não conseguem atrair investimento nem fixar as populações e falham, redondamente, nas oportunidades que nunca souberam criar.

Curiosamente, é apanágio das Câmaras que passaram para as mãos da oposição acusar as anteriores vereações do PSD/M de todos os males do mundo.

Se as coisas estão mal é por causa da herança que receberam do PSD/M. Se não fazem isto ou aquilo, é porque o PSD/M chumba Orçamentos fantasiosos que não passam de meros truques de marketing e cosmética. Se não conseguem resolver os problemas, é por causa do PSD/M. Se mentiram descaradamente às populações, é também por causa do PSD/M.

Se são incapazes de cumprir ou de sequer fazer o mínimo dos mínimos, atendendo às responsabilidades que assumiram, perante os cidadãos, também é culpa do PSD/M, pois claro!

Então não resisto a perguntar o que é que estão lá a fazer? Se nada fazem e nada resolvem, então qual é a razão de continuarem à frente dos destinos dessas mesmas autarquias?

O que é que as pessoas ganham com Executivos que faltam à sua palavra, que esquecem quem mais precisa e que governam ao sabor das denúncias que veem ao de cima, por parte dos que se cansam de esperar por soluções?

O que dizer de tudo isto?

É porque não é assim que, nós, Social-democratas, encaramos a política nem muito menos o poder local. A dita governação de proximidade que facilmente identifica os problemas para também resolvê-los, sem demagogias associadas ou desculpas que, ao fim e ao cabo, não passam disso mesmo. A governação que conhece cada nome, cada família, cada problema e cada situação a tratar, na primeira pessoa.

De que vale ter uma Câmara que não sabe atender às preocupações de cada uma das suas freguesias por igual? É isto que os Madeirenses esperam de quem tem responsabilidade autárquica?

Julgo que não e é essa a convicção que nos move para, em 2021, alterarmos a visão redutora que infelizmente vigora nos concelhos que certamente recuperaremos, certos de que não é este o modelo com que a nossa população se identifica. Que não é esta a receita que esperavam, quando acreditaram nas tais promessas que viriam revolucionar todos e quaisquer paradigmas, promessas essas que, na sua maioria, caíram em saco roto.

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