Boa noite!

Enquanto na Madeira os governantes exortam quem nos vai visitar a fazer testes na origem, - insistindo assim numa pregação inconsequente, pois apesar da excelência do filtro à chegada, não praticam o que exigem aos de fora a quem sai da ilha, como não conseguem que qualquer um dos Estados Membros aceite o repto - nos Açores ensaia-se outra estratégia.

Isto porque Governo Regional investiu 1,2 milhões de euros para implementar um ‘voucher’ que se traduz num incentivo financeiro à realização de testes de despiste ao covid-19 prévios ao embarque para o arquipélago e que é "utilizável exclusivamente na aquisição de bens ou serviços na região, em actividades do sector turístico".

Na prática ganham todos. Os passageiros que desembarquem nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial provenientes de aeroportos localizados em zonas consideradas pela Organização Mundial de Saúde como sendo zonas de transmissão comunitária activa ou com cadeias de transmissão ativas do vírus SARS-CoV-2, que apresentem teste de despiste negativo prévio ao embarque para a região poupam tempo e dinheiro. Ganha a economia pois o incentivo financeiro de 35 euros, válido por dois meses, é utilizável exclusivamente na aquisição de bens ou serviços na Região. E ganha a Saúde colectiva. Isto se houver turistas.

Enquanto na Madeira não tardará o choradinho político habitual por contabilidades paralelas alusivas às transferências orçamentais do Estado para o próximo ano, em Lisboa é deliberado o envio de mais quatro milhões de euros e outras garantias. Não serve para calar a revolta. O arquipélago dos Açores socialista recebe mais, uma espécie de 'voucher', à conta de critérios de uma Lei de Finanças que tarda em ser revista. O Conselho de Concertação das Autonomias bem pode começar a trabalhar.

Enquanto na Madeira há duas ilhas com gente para cuidar, nos Açores, que vai este mês a votos, há nove. 'Não há 'voucher' que lhes valha. E também é por isso que por aqui me fico!