Madeira

Presidente da Junta suspeita haver “aproveitamento político” no caso do infantário da Camacha

Pedro Fernandes avisa: “há muito poucas vagas e aqui nas redondezas não há nenhuma”

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Um grupo de pais voltou esta manhã a concentrar-se à porta do infantário ‘Quintinha dos Janotas’, na freguesia da Camacha, na expectativa de verem clarificada a situação deste estabelecimento de educação, que tal como o DIÁRIO dá conta na sua edição de hoje, está “em risco de não abrir”.

“Amanhã supostamente era para abrir, mas ninguém sabe ainda se tal vai acontecer. Não há confirmação. Da direcção ninguém diz nada”, lamenta Vítor Fernandes, pai de uma das crianças matriculadas no infantário que corre o risco de não funcionar no próximo ano lectivo.

“Além de já termos pago a matrícula, pior ainda é que não tenho onde o deixar”, diz angustiado.

“Já estivemos cá [infantário] com um grupo de pais na sexta-feira e hoje voltamos, mas continuamos sem qualquer resposta. Ninguém sabe ao certo o que irá acontecer”, alega.

Com a vida ‘pendurada’ nesta preocupante incerteza, este encarregado de educação dá voz à preocupação que assola todos os pais: “onde é que se vai deixar a criança?”.

A acompanhar estes pais esteve o presidente da Junta de Freguesia da Camacha. Pedro Fernandes levanta a suspeita de interesses políticos neste impasse.

“Não quero acreditar que seja aproveitamento político, mas há coisas que nos deixam a pensar”, admite.

Lamenta que ainda ninguém com responsabilidades, seja da instituição, seja da tutela, tenha ainda dado qualquer resposta concreta aos pais que vivem dias de ansiedade pela incerteza do que reserva o futuro imediato aos filhos.

“Não temos resposta alguma”, critica o autarca do JPP, que teme um sério problema para várias famílias em vésperas da abertura do ano lectivo, ciente que “há muito poucas vagas e aqui nas redondezas não há nenhuma”, avisa.

Determinado em acompanhar a evolução deste caso e predisposto a colaborar no sentido de “unir e não desunir”, Pedro Fernandes diz que este impasse é motivo de “grande preocupação para toda a freguesia” classificando a incerteza quanto à abertura ou não do infantário de “grave”.