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Mau tempo que já fechou estradas e condicionou pontes, pode provocar alagamentos no Porto

Foto Lusa
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O comandante da Capitania do Douro alertou hoje para “eventuais alagamentos” em “zonas mais sensíveis” do Porto e de Vila Nova de Gaia, devido à intensa queda de chuva.

Segundo Cruz Martins, às 18:30, a situação no rio Douro encontrava-se controlada, apesar da chuva intensa, podendo “eventualmente” existirem esta noite alagamentos pontuais nas duas cidades.

“Não se trata de maneira nenhuma de uma situação de cheia generalizada, nem se põe essa hipótese”, afirmou à Lusa Cruz Martins.

O capitão adiantou que, às 18:30, estava a acompanhar com “mais atenção” as margens do Porto e de Vila Nova de Gaia porque com as descargas feitas da barragem de Crestuma/Lever, conjugadas com a maré cheia que vai acontecer às 21:00, poderão existir “eventuais” alagamentos em “duas ou três zonas mais sensíveis” destas cidades.

Câmara da Lousã fecha três estradas por precaução

A Câmara da Lousã fechou, às 19 horas, três estradas do concelho por precaução devido ao mau tempo, incluindo um dos acessos a três lugares da Serra da Lousã que integram a rede Aldeias do Xisto.

“Esta é uma medida que tomámos apenas por precaução”, disse à agência Lusa uma fonte da autarquia, indicando que fica vedada ao trânsito a estrada que liga a sede do concelho ao Talasnal e duas povoações vizinhas, através de Cacilhas e Hortas.

As três aldeias serranas em causa são Casal Novo, Talasnal e Chiqueiro, às quais, contudo, as viaturas podem chegar através da antiga estrada nacional 236, que liga as vilas da Lousã e Castanheira de Pera, nos distritos de Coimbra e Leiria, respetivamente.

À mesma hora, a Câmara da Lousã, presidida por Luís Antunes, vai também encerrar ao trânsito a única via de acesso ao Castelo medieval e ao complexo turístico da Senhora da Piedade, em plena Serra da Lousã.

Na sede da freguesia de Serpins, será igualmente fechado o acesso à praia fluvial da Senhora da Graça, situada nas margens do rio Ceira, um dos afluentes do Mondego.

Circulação na ponte da Figueira da Foz proibida a pesados sem carga e motos

A circulação na ponte sobre o rio Mondego, na Figueira da Foz, foi esta tarde proibida a veículos pesados de mercadorias sem carga e motociclos, devido ao vento, disseram fontes da autarquia e proteção civil municipal.

Em declarações à Lusa, o vereador Miguel Pereira, que coadjuva o presidente da Câmara na Proteção Civil, explicou que a decisão de condicionar o trânsito na ponte Edgar Cardoso deve-se à previsão de vento forte, com rajadas que podem atingir os 100 quilómetros por hora (km/h).

De acordo com a mesma fonte, a proibição da circulação de pesados de mercadorias e motociclos foi decidida cerca das 17:30 de hoje e deverá estar em vigor até às 03:00 de sexta-feira, altura em que é previsível que o vento reduza de intensidade.

Braga regista pico de precipitação

A cidade de Braga registou hoje um “pico de precipitação” entre as 15:00 e as 16:00, intervalo em que a chuva que caiu foi quase metade da registada em todo o dia anterior, disse fonte da Proteção Civil.

Segundo a fonte, esse “fenómeno excecional” foi a principal causa das inundações registadas na cidade, que levaram ao corte do trânsito automóvel em ruas, avenidas e túneis.

A fonte apontou, designadamente, o túnel da Rodovia, que já não ficava inundado há anos e que hoje voltou a encher-se de água.

Inundados ficaram igualmente os túneis do hotel Meliã e da Avenida da Liberdade.

Segundo dados revelados pelo vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, na sua página de Facebook, entre as 15:00 e as 16:00 de hoje a precipitação em Braga foi de 21,9 milímetros por metro quadrado.

Câmara de Águeda alerta população para eventual cheia

A Câmara de Águeda já alertou a população para a eventualidade de ocorrerem cheias na baixa da cidade, devido à previsível subida do nível da água do rio que atravessa a cidade.

“Já fizemos esse alerta para a possibilidade de poder ocorrer uma situação de cheia na baixa da cidade, para as pessoas tomarem os devidos cuidados no sentido de acautelarem os seus bens”, disse à Lusa o presidente da Câmara, Jorge Almeida.