Turismo

Sindicato acusa White Airways de ter ordenados em atraso e não pagar as ajudas de custo

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) assume ter apresentado à White Airways um pré-aviso de greve a realizar a 18, 19 e 20 de Julho, como último recurso, após múltiplas tentativas infrutíferas de negociação com a administração da empresa para que fosse efectuado o pagamento em atraso de dois meses do vencimento mensal e das ajudas de custo para refeições.

O SNPVAC denuncia a situação de dez tripulantes de cabine portugueses que trabalham na White Airways e se encontram há mais de dois dias no estrangeiro sem dinheiro para fazer face às suas mais básicas necessidades e que decorrem do posicionamento imposto pela companhia.

“Há cinco tripulantes de cabine em Madrid e cinco em Malabo (Guiné Equatorial), do voo Madrid – Malabo – Madrid, que não têm dinheiro para pagar as suas refeições e se têm alimentado só com a comida que trazem do pequeno-almoço do hotel, pois esta é a única refeição que está incluída no alojamento pago pela White. A situação tornou-se insustentável.”, afirma Bruno Fialho, Director do SNPVAC.

Os tripulantes, que irão estar mais uma semana nestas condições, já por diversas vezes solicitaram à White que lhes transferisse o dinheiro em falta, tanto do vencimento como das ajudas de custo. Contudo, a White não dá previsão para o pagamento e espera que os tripulantes consigam permanecer no estrangeiro sem dinheiro.

“Estas dez pessoas encontram-se, tal como todos os tripulantes da White, com dois meses de ordenado em atraso, sendo o vencimento médio de 750 euros, e a companhia aérea também está a falhar o pagamento prévio – o habitual e legal – das ajudas de custo de refeição. O que pedimos à White é que pague, imediatamente, pelo menos, as ajudas de custo referentes às deslocações ao estrangeiro.”, apela o responsável do Sindicato.

“Os trabalhadores estão na empresa, em média, há mais de uma década, e na tentativa de manter os postos de trabalho e não prejudicar os voos da companhia têm-se sacrificado. Mas é impossível continuar a suportar esta situação quando não se tem dinheiro nem para a alimentação.”, conclui.