Turismo

Taxa de ocupação hoteleira dos Açores não vai ultrapassar os 50%

O delegado dos Açores da Associação da  Hotelaria de Portugal revelou que a taxa de ocupação dos hotéis na região  na quadra festiva da Páscoa não deverá exceder os 50%.

Em declarações à agência Lusa, Humberto Pavão indicou que as previsões  apontam para se registarem "valores inferiores" ao ano passado, sendo que  já em 2012 os valores "foram baixos".   "Este ano, devido à ameaça de greve das companhias aéreas Sata e Tap,  as pessoas que tinham viagem marcada cancelaram e houve muitas pessoas que  não marcaram lugares justamente devido à previsão de greve", explicou Humberto  Pavão.   O delegado da Associação da Hotelaria de Portugal apontou que está prevista  uma operação aérea com origem em Barcelona e Madrid (Espanha) que sofreu  alterações devido à greve das transportadoras aéreas, entretanto desconvocada.  Humberto Pavão refere que, além das Festas do Santo Cristo, celebração  religiosa que reúne milhares de pessoas em São Miguel em maio, os hoteleiros  dos Açores contam com a Páscoa para "recuperar" da baixa taxa de ocupação  que as unidades hoteleiras têm vindo a registar.   "Havia uma grande procura dos Açores na Páscoa, principalmente do mercado  nacional, que é outra das razões porque registamos uma grande quebra, embora  tenha havido um esforço no sentido de apresentar tarifas mais aliciantes  quer através dos hotéis, quer através das companhias aéreas", declarou o  dirigente hoteleiro.   Humberto Pavão considerou que em termos globais, durante todo o ano,  o mercado nacional vai registar uma "grande quebra", não havendo "nada a  fazer", tendo em conta o contexto de crise económica.   "Se todas as operações do mercado internacional que estão previstas  se realizarem com os Açores, sem transtorno, vamos assistir a um aumento  de países como a Holanda, Bélgica e Alemanha, a par da retoma da ligação  com a Finlândia e a introdução do voo de Paris [França]", apontou Humberto  Pavão.   O responsável concluiu que este aumento das ligações internacionais  não vai "compensar" a quebra do mercado nacional, mas "vai ajudar".