Madeira

SESARAM reduz para 62% e 46% greve nos hospitais e centros de saúde

Pedro Gouveia revelou que concurso para novos enfermeiros abre na próxima semana e no dia 10 de Abril há reunião com o sindicato

Foto Arquivo
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62% nos cuidados de saúde hospitalares e 46% nos primários. São estes os números do SESARAM - Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira relativos à parte da manhã deste primeiro de dois dias de greve dos enfermeiros, uma paralisação a nível nacional iniciada às 8 horas. Pedro Gouveia, vogal do Conselho de Administração do SESARAM, espera que mesmo amanhã seja lançado o concurso para a contratação de 64 novos enfermeiros, a que podem concorrer já na próxima semana, e revela que para o dia 10 de Abril está já agendada uma reunião entre a tutela e o Sindicato dos Enfermeiros.

A falta de enfermeiros é uma realidade há muito falada nos serviços de saúde e agudizada pela greve. A direcção reconhece “algum impacto” hoje nos cuidados hospitalares e nos cuidados primários. Nestes últimos, as consultas, tratamentos e visitas ao domicílio estão “bastante comprometidos”, referiu. Nos cuidados hospitalares, há “algum impacto” nas cirurgias programadas, mas não na consulta externa. As consultas, disse Pedro Gouveia, estão a decorrer dentro do programado. Se acordo com o porta-voz, o banco de sangue também não está comprometido, uma vez que continuam a ser feitas as colheitas. Apesar de este ser um dia de greve, há sempre um número mínimo de enfermeiros que têm obrigatoriamente de se apresentar ao serviço.

Quanto às reivindicações, Pedro Gouveia recordou que a questão do descongelamento e o suplemento para os enfermeiros especialistas estão dependentes não apenas da Região, mas de legislação nacional. Quanto à regulamentação colectiva, acrescentou que está negociado um acordo de empresa sobre organização e tempo de trabalho e ainda sobre a questão dos salários.