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Ponta Delgada cancela festas do Espírito Santo e dos 474 anos da cidade

Foto ANTÓNIO ARAÚJO/LUSA
Foto ANTÓNIO ARAÚJO/LUSA

A Câmara Municipal de Ponta Delgada anunciou hoje o cancelamento da comemoração oficial dos 474 anos da cidade, na proxima quinta-feira, e as Festas do Divino Espírito Santo do concelho, em julho, devido à “reiterada situação de contingência regional”.

Em comunicado, a maior autarquia dos Açores informa que “considerando o prevalecente estado de emergência nacional e a reiterada situação de contingência regional, no âmbito do combate à pandemia covid-19, a Câmara Municipal de Ponta Delgada determinou prorrogar todas as medidas municipais de caráter excecional para além do dia 31 de março e enquanto vigorar o atual estado de exceção”.

A autarquia cancela, assim, a comemoração oficial dos 474 anos da Cidade de Ponta Delgada, na quinta-feira, e decidiu ainda suspender a celebração pública do feriado municipal, associado à segunda-feira do Senhor Santo Cristo dos Milagres, no próximo dia 18 de maio.

As maiores festividades religiosas dos Açores, o Santo Cristo dos Milagres, já haviam sido suspensas também devido à pandemia da covid-19.

A Câmara de Ponta Delgada decidiu ainda cancelar a realização das XVII Grandes Festas do Divino Espírito Santo do concelho, previstas para entre 09 e 12 de julho.

Até à data, foram detetados na região 48 casos positivos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 18 em São Miguel, nove na ilha Terceira, sete em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.

O Governo dos Açores decidiu hoje declarar a prorrogação da situação de contingência na região até 30 de abril.

No concelho da Povoação, em São Miguel, foi decretado no domingo um cordão sanitário devido à transmissão local de coronavírus.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 163 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 439 mil infetados e mais de 27.500 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 11.591 mortos em 101.739 casos confirmados até segunda-feira.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).

Dos infetados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

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