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Ministra admite dificuldades nos testes, mas diz que capacidade ficará estabilizada

Foto EPA/REHAN KHAN
Foto EPA/REHAN KHAN

A ministra da Saúde admitiu hoje que há dificuldades na capacidade para a realização de testes à covid-19, mas assegurou que, ao longo da próxima semana, a situação ficará estabilizada com as entregas que estão a ser feitas.

“Com as entregas que foram feitas ontem [sábado] e que agora estão a ser distribuídas, quer de zaragatoas, quer de reagentes, ficaremos com uma situação bastante confortável e que ficará estabilizada à medida que as entregas regionais aconteçam”, disse Marta Temido, na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A ministra acrescentou que a situação deverá equilibrar-se ao longo da próxima semana e, se for necessário, será também feito uma redistribuição de utentes entre o setor público e privado.

“Não escondemos que há dificuldades, não escondemos que o prazo de marcação de um teste para uma data de meados de abril não é desejável, não é aceitável. Vamos tentar redistribuir as necessidades e responder”, precisou.

A ministra afirmou que existe a perceção de que há entidades que neste momento estão a marcar a testes laboratoriais para períodos mais distantes do que aqueles que são garantidos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Marta Temido afirmou também que o Ministério da Saúde está em articulação com os laboratórios privados, tendo existido na passada sexta-feira uma reunião entre o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e a Associação Nacional de Laboratórios para se melhorar o cumprimento “das respostas rápidas e de referência”.

A ministra frisou que houve algumas avarias dos parceiros privados em alguns pontos do país, o que dificultou as respostas, e também questões relacionadas com a fragilidade do acesso às próprias zaragatoas, que é “um problema mundial”.

No sábado, a ministra avançou que estavam ser distribuídas 80 mil zaragatoas e 260 mil testes para diagnóstico da covid-19.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela DGS, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).

Dos infetados, 1.084 estão internados, 267 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado esta semana na Assembleia da República.

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