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Museu Quinta das Cruzes recebe ‘Visitas Cantadas’ pela voz de Diana Duarte

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O projecto ‘Visitas Cantadas’ passou pelo Museu Quinta das Cruzes, no Funchal, para uma visita interpretada pela voz de Diana Duarte.

A artista nasceu em Lisboa, mas estudou entre o Porto Santo, Setúbal e a Madeira. Formou-se em representação no Royal Conservatoire of Scotland, em Glasgow e depois de uma temporada em Londres regressou a Portugal para descobrir que a música é o caminho que vai seguir. Entrou no curso de jazz do Conservatório- Escola Profissional das Artes na Madeira, CEPAM, onde se afirmou como “a lisboeta mais madeirense da música”, sendo assim que se vê “por muito tempo”.

Museu Quinta das Cruzes

É uma das quintas com maior tradição histórica, e teria servido de residência aos primeiros Capitães Donatários e seus sucessores. Adquirida para museu em 1946, conjugando as iniciativas do seu primeiro doador – César Filipe Gomes e dos organismos oficiais da altura, ocupa cerca de 1 hectare, a Quinta – Casa de Moradia, Capela e Parque ajardinado: Museu Quinta das Cruzes.

A Casa-museu possui um acervo diversificado, relacionado com as Artes Decorativas Portuguesas e Europeias que abrangem núcleos tão diversos como a Pintura, a Escultura, a Cerâmica, Desenhos e Gravuras, Mobiliário, etc. que se situam cronologicamente entre os séculos XV e a 1.ª metade do século XX.

Refira-se que a 29 de Dezembro de 1949 foi inaugurada na Quinta das Cruzes a sua primeira exposição temporária. Esta mostra, curiosamente, revelou o edifício ainda antes da realização das obras de adaptação do imóvel às suas funções museológicas, e à sua abertura oficial como ‘Casa-Museu César Gomes’.

Organizada pela Junta Autónoma do Distrito do Funchal, sob o título ‘Exposição de Gravuras Antigas da Madeira’, foi incluída no programa de festas de Fim de Ano e compreendia desenhos e gravuras, dos séculos XVIII e XIX, abarcando uma ampla perspectiva da vida e costumes regionais, organizados numa reconstituição da época, ao longo de seis salas do Museu. Composta por colecções e estampas avulsas de entidades públicas e privadas, esta exposição teve grande repercussão junto do público madeirense.

O século XIX trouxe o encantamento do Romantismo, evidenciado através da nova concepção dos espaços ajardinados, na construção dos canteiros, nos caminhos empedrados em pedra rolada, nas fontes em pedra de fajôco, bem como na localização das casinhas de prazer, espaços melancólicos, bem ao gosto da época.

A Quinta das Cruzes possui um amplo parque ajardinado, de inspiração Romântica, envolvido por árvores centenárias de grande porte, que ladeiam os caminhos empedrados em calhau rolado. A área total da Quinta contempla área ajardinada e edificada, grutas, fontanários construídos em pedra de fajôco, um miradouro com vista sobre a baía do Funchal e outros pequenos espaços.

É também neste espaço que se localiza a pintura mural (fresco) e que se encontra sobre o frontispício de um dos fontanários, descoberta casualmente em 1998, e que data de finais do século XVIII.

O Jardim que constitui parte integrante e fundamental desta unidade museológica, apresenta ainda a criação de espécies botânicas endémicas e indígenas da Ilha da Madeira e um ‘Orquidário’.

O jardim acolhe também o Orquestrofone, uma peça rara e que ainda cumpre a sua função original, de instrumento de diversão e divulgação musical, exposto ao público e que constitui um factor de divulgação e dinamização não só deste espaço museológico, mas também contribui para a valorização do Património Cultural da Região.

O Museu Quinta das Cruzes, abriu oficialmente ao público a 28 de Maio de 1953, estando sob tutela da Secretaria Regional de Turismo e Cultura.

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