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A Portugalidade não se vende!

A nacionalidade não é uma mera formalidade legal ou um conjunto de números impressos num documento de identidade, mas, antes de tudo, uma pertença íntima, enraizada na memória colectiva e na continuidade histórica de um povo que existe como Nação há quase mil anos. Na mesma linha, ser português é ser herdeiro de um património espiritual, cultural e linguístico que moldou a Europa e que foi moldado pelo sacrifício e pelo génio de gerações. E é por isso que a nacionalidade portuguesa jamais pode ser reduzida a uma transacção comercial ou a um acto administrativo sem substância, pois envolve a mais sagrada das pertenças, que é exactamente aquela que nos liga aos nossos antepassados e que nos obriga moralmente para com os que ainda hão-de vir.

Foi precisamente este vínculo profundo que foi violentado em 2017, quando, depois de décadas de entendimento quanto à gestão da imigração e da atribuição da nacionalidade, o Partido Socialista, liderado por António Costa e com Constança Urbano de Sousa como ministra da Administração Interna, decidiu alterar de forma radical e precipitada o regime legal. Fê-lo não por necessidade objectiva nem por imperativos do Bem Comum, mas por servilismo ideológico aos delírios doutrinários de uma extrema-esquerda que era então cada vez mais poderosa dentro do Bloco de Esquerda e do PCP. Assim, num acto de voluntarismo cego e irresponsável, eliminaram-se os filtros, aboliram-se os critérios e abriram-se as portas a quem quer que quisesse entrar, reduzindo a nacionalidade a bem descartável e convertendo a Portugalidade num produto da prateleira da globalização.

O resultado desse desvario é hoje visível nas urgências hospitalares saturadas, nas escolas sobrelotadas, nos sistemas de segurança social exauridos e numa administração pública que perdeu a capacidade de responder aos seus próprios cidadãos. Na mesma linha, os portugueses nascidos e criados neste país já não conseguem encontrar casa nas suas próprias cidades, expulsos por uma bolha especulativa alimentada por uma procura artificial que ignora os salários e as condições de vida nacionais. Neste cenário funesto, cidades inteiras estão a ser entregues, a retalho, a estrangeiros endinheirados ou a multidões que vivem em condições degradantes, dispostas a pagar rendas exorbitantes por quartos sobrelotados, num mercado sem alma e onde tudo está à venda, incluindo a dignidade dos que cá vivem.

Ainda mais preocupante é o facto de esta imigração massiva ter exposto o país a uma nova e grave ameaça à segurança nacional, havendo já indícios sólidos de que Portugal se tornou num ponto estratégico para redes de radicalismo islâmico, particularmente oriundas do Bangladesh e do Paquistão, bem como provas irrefutáveis de figuras destacadas de movimentos extremistas a circular livremente no território nacional, utilizando a nossa liberdade para disseminar ódio, recrutar elementos, planificar acções e infiltrar comunidades com o objectivo de transformar Portugal num entreposto ideológico e operacional de projectos que são incompatíveis com os valores ocidentais.

Por muito que alguns o tentem negar, não é exagero afirmar que esses grupos aspiram a criar em Portugal o que já fizeram em partes significativas da França e Reino Unido, onde território inteiros são já administrados por comunidades muçulmanas, que impõem normas próprias, rejeitam a cultura nacional e cultivam um ódio surdo à sociedade que os acolheu. O risco é real e, se nada for feito, a Portugalidade poderá tornar-se minoria no seu próprio território.

É por isso absolutamente imperativo recuperar o controlo das nossas fronteiras e restaurar a soberania sobre as decisões que determinam quem pode viver entre nós. Para isso, é necessário implementar quatro medidas. Primeiro, restaurar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que foi extinto por razões ideológicas e que fazia um trabalho essencial na fiscalização da imigração, na análise de perfis de risco e na articulação com forças internacionais de combate ao terrorismo e ao crime organizado. Segundo, suspender a imigração proveniente de países islâmicos uma vez que esses fluxos estão descontrolados e manipulados por redes que não respeitam os nossos valores, nem a nossa soberania. Terceiro, deportar todos os imigrantes que estejam em situação ilegal ou que tenham cometido ou estejam associados a crimes, pois quem entra em Portugal para violar a lei não pode permanecer aqui sob nenhuma circunstância. E, quarto, reformar a lei da nacionalidade para que esta passe a basear-se apenas no princípio do ‘jus sanguinis’, ou seja, o direito à nacionalidade só deve ser concedido a quem tenha pelo menos um progenitor português, como acontece em países como a Alemanha, a Suíça ou o Japão, garantindo, assim, que a nacionalidade volta a ser um vínculo legítimo, e não uma conveniência jurídica ou uma porta para benefícios sociais.

Em conjunto, estas quatro medidas ajudariam a solidificar a certeza de que Portugal é uma Nação – e não estado em rota terceiro-mundista. E, enquanto houver quem esteja disposto a lutar, com coragem e determinação, pela sua alma, pela sua história e pelo seu futuro, a Portugalidade não será vencida. Quem quiser apagar-nos terá de nos enfrentar! Simples, assim.