JPP exige responsabilização de Eduardo Jesus

Partido espera “justiça” na defesa dos deputados madeirenses perante a linguagem “insultuosa” utilizada pelo membro do Governo Regional

O líder do grupo parlamentar do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, exigiu a responsabilização do secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, pelo seu comportamento “ofensivo e injurioso” na Assembleia Legislativa da Madeira.

Baixa linguagem de Eduardo Jesus dá polémica parlamentar 24 horas depois

Élvio Sousa (JPP) começou por dizer querer repor a verdade. “O senhor secretário não deve de ser o portador da mentira”. Em causa está o preço da água. O deputado apresentou diplomas legais e uma factura, que provam o aumento pretendido de 151%.

Durante uma conferência de imprensa convocada com carácter de urgência pelo grupo parlamentar do JPP esta quarta-feira, 18 de Junho, Élvio Sousa recusou usar a palavra “demissão”, mas exigiu uma posição firme do Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e da presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Rubina Leal, para com a atitude imprópria de Eduardo Jesus, esperando “no mínimo, um pedido de desculpas sério e credível”.

O parlamentar defendeu o “bom nome do Parlamento e a honra dos deputados, representantes legítimos da população”, condenando veemente o facto de um membro do Executivo Madeirense “insultar os representantes do povo", num "mau exemplo" para a população.

A atitude de Eduardo Jesus foi descrita como uma atitude "execrável e arruaceira".

Élvio Sousa recordou que no passado, perante atitudes semelhantes, houve quem fosse afastado, reforçando a posição de que Eduardo Jesus tem deve ser responsabilizado pelas palavras proferidas ontem no Parlamento Regional, apelando à “decência” de Miguel Albuquerque para tomar uma posição “firme”.

Relativamente à posição tomada hoje pelo secretário regional de que os termos que utilizou "estão no dicionário" e que existem "apartes" na Assembleia Legislativa, Élvio Sousa classificou como uma forma de "reincidir no erro", lamentando a falta de reconhecimento por parte de Eduardo Jesus de que errou.