“Fazer o que o País exige”
Rui Cardoso (RC) deputado do Chega proclamou recentemente “Se não quiserem fazer o que o País exige, nas próximas eleições o Chega vencerá”, recorrendo à mesma arrogância fútil de André Ventura (AV) que falhou quando se propôs ganhar as últimas 2 eleições e ser 1º ministro, bem como do seu líder parlamentar Pedro Pinto (PP), o tal para quem “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava em ordem”, e que vaticinou que o grupo parlamentar do PSD ficaria reduzido a 50% nas últimas eleições.
Afinal o Chega não ganhou quaisquer eleições, ainda está em 3º lugar em número de votos e AV não é 1º ministro.
Nas últimas eleições o Chega obteve 22,76% de votos o que mostra quão fútil é a arrogância de RC, AV e PP quando se arrogam uma legitimidade que de todo não têm ao se apresentarem como paladinos das exigências e dos anseios da maioria dos/as portugueses/as e do País, fazendo por ignorar e menosprezar 77,24% dos votantes que se recusaram a confiar neles.
Com estas proclamações tão arrogantes quanto fúteis demonstram bem ser seguidores do eleitoralismo e das práticas governativas de Trump (DT) baseadas em ideologias de índole fascista, promotoras de alarme social, racismo, xenofobia, intolerância cultural e religiosa.
Além disso renegam a efetiva contribuição dos regimes democráticos liberais como o nosso durante as últimas décadas para consolidar a paz, o progresso, o desenvolvimento económico e o bem estar social dos povos, assente no respeito pelas diferenças de índole religiosa, racial, sexual, políticas e outras, que nos tornaram melhores seres humanos, empáticos, ecléticos e suficientemente inteligentes para respeitar as diferenças inerentes à própria natureza humana que desde sempre existiram e continuarão a existir, por mais que o aspirante a autocrata DT, com a suas práticas antidemocráticas de abuso de poder perfilhe a doutrina política de Hitler e obrigue as bibliotecas a retirar e a destruir livros, e os seus seguidores, onde se inclui AV, proclamem o contrário.
Quando AV afirma que “o Chega é o futuro, mudámos o sistema político português para sempre” é mais uma das suas proclamações falaciosas e populistas, ainda que exprima o seu verdadeiro objetivo que seria subverter o nosso sistema político democrático e instaurar uma autocracia como na Hungria um país economicamente estagnado onde graça a corrupção sendo o país da UE com pior desempenho no Índice de Perceção da Corrupção, que é liderado pelo extremista de direita Viktor Orbán da mesma família política de AV e que como ele é admirador não só de DT mas também de Putin.
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