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Relâmpagos (sempre em versiprosa humilde)

Retorno a uma Lisboa fria e nublada, mas é sempre retorno ao calor e ao aconchego de casa, que é onde assenta o meu afeto e a minha ideia de felicidade.

Ademais, desafio dos próximos dias é o lançamento do livro “Ao Sabor dos Dias e Outros Escritos” (Rosa de Porcelana Editora), de António de Castro Guerra. Está consagrada a soberania da escrita de António Castro Guerra. Neste novo livro, mais uma evidência do valor soberano de seu texto.

A Biografia, a par de sua tessitura literária, outra coisa não busca que a História. Mais do que escrita da estória, ela é inscrição na História. No livro “Manecas Santos: uma biografia da luta” (Rosa de Porcelana Editora), de Rosário Luz, temos um flagrante de Literatura como meio de transmissão de conteúdos históricos. Se quisermos, de Historiografia.

Nem tudo correu bem no percurso da I República (até porque o regime não era o melhor, mas a governação, patriótica e empenhada, realizava quanto pôde do bem-comum). Nem tudo tem sido um mar de rosas nesta II República (até porque “ao menos indecente dos regimes”, mesmo com alguns indicadores em alta, é preciso forçar a vista para se estar satisfeito com o que salta aos olhos).

Deste modo, não se deve olhar para trás com amnésia, ambiguidade e precipitação. Doutro modo, deve-se olhar e aprender com o passado, sublimando os erros e valorizando o legado deixado. A História (eis o repto para todos) como factor crítico para a construção progressiva e coletiva do futuro.

Ao fim e ao cabo, precisamos ser mais exigentes com a nossa cidadania, mais ambiciosos no que toca à funcionalidade das instituições e ao desempenho da nossa economia; precisamos pensar com as nossas próprias cabeças. Individual e coletivamente, ampliar a consciência do muito caminho ainda a percorrer...limpando, de permeio e em camoniano som alto e sublimado, tamanha fedentina!