A porta-voz e candidata do PTP às Eleições Regionais, Raquel Coelho, defendeu hoje que o PSD capturou toda a economia regional, incluindo as pessoas e as pequenas e médias empresas. Numa conferência de imprensa junto à Assembleia Legislativa da Madeira, a candidata assumiu, esta tarde, que isso tem impedido que as pessoas votem em consonância com a consciência. “As pessoas votam em função da sua subsistência. Tem medo de dizer a sua orientação política, porque pensam que serão prejudicadas”, sublinha. “Queremos elucidar os madeirenses para fazer a melhor escolha no dia 24 de Setembro”. Este é o objectivo assumido por Raquel Coelho que reitera que a população tem de estar esclarecida.

A candidata aproveitou também o momento para criticar os altos custos que os madeirenses têm tido com a inflação. “Recebemos 11 milhões de euros da União Europeia para termos bens essenciais mais acessíveis à conta da insularidade. Neste momento, não vemos essa discriminação positiva. Parece que os madeirenses vivem no Mónaco com salários de terceiro mundo”, reitera a porta-voz do PTP.

Para Raquel Coelho, essa realidade advém dos altos níveis dos custos de transportes de mercadorias que devem, segundo a própria, ser denunciados. “Cada vez que os madeirenses vão ao supermercado, pagam um tributo aos grandes empresários das mercadorias. É preciso dizer basta ao facto de o Governo Regional continuar a proteger uma série de negócios para o enriquecer à custa dos madeirenses”, defende.

Questionada sobre que medidas tem o partido a apresentar para resolver o problema da inflação, Raquel Coelho afirma que a existência de um ferry-boat de mercadorias seria uma medida a implementar. Além disto, uma gestão pública do Porto do Caniçal é também um das propostas que o PTP apresenta para amenizar o problema da inflação. “As receitas com as cargas e descargas são muito altas e a Região poderia ficar com elas directamente e reverte-las para os madeirenses”, explica.

O orçamento do PTP para a campainha eleitoral das Regionais é de 1.500 euros. Questionado sobre essa realidade torna a campanha ainda mais desafiante, Raquel Coelho lembra que “numas eleições o que conta são os votos”. A porta-voz realça ainda as provas dadas pelo partido e pede um voto de confiança para acabar com o “este modo de governação só para alguns”.

Este texto foi elaborado pelo estagiário João Pedro Santos, sob a supervisão do editor-executivo João Filipe Pestana