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A Migração

A par com esta estratégia de integração, precisamos de garantir a gestão adequada das fronteiras

Ao longo dos séculos, pessoas de diferentes partes do mundo têm se deslocado em busca de melhores condições de vida, segurança e oportunidades. O aumento da migração nos últimos anos tem trazido desafios complexos e a necessidade de solidariedade por parte das nações e das comunidades.

A migração tem diferentes causas, como conflitos armados, perseguição política, pobreza extrema e alterações climáticas. Muitos migrantes enfrentam riscos consideráveis durante as suas jornadas e deixam para trás as suas casas, famílias e raízes culturais. Querem encontrar aquilo que todos nós desejamos: paz e segurança.

A solidariedade desempenha um papel fundamental na gestão da migração. Precisamos de políticas e práticas que protejam os direitos dos migrantes e que facilitem a sua integração nas comunidades de acolhimento. Isso requer esforços coordenados entre os governos, organizações internacionais, sociedade civil e comunidades locais. A solidariedade não é apenas um imperativo moral, mas também uma estratégia eficaz para promover a coesão social e o desenvolvimento sustentável.

Ao acolher migrantes, as comunidades podem enriquecer a sua diversidade cultural e aproveitar os benefícios económicos trazidos por eles. No entanto, a solidariedade não deve se limitar apenas ao acolhimento dos migrantes. É necessário abordar as causas profundas da migração, como a pobreza e a instabilidade política. Ao ajudar a melhorar as condições de vida nos países de origem dos migrantes, podemos reduzir as pressões migratórias e promover a estabilidade global.

Alguns dados podem nos ajudar a compreender o estado da migração na atualidade: em 2019, 5,3 milhões de novos migrantes permanentes estabeleceram-se nos países da OCDE. Na UE27, 40% de todos os indivíduos nascidos no exterior vêm de países da UE. Na Noruega, Suíça e Reino Unido (todos os países não pertencentes à UE) a proporção de migrantes nascidos na UE varia de 60 a 66%. No Luxemburgo e na Suíça, os dois países com a maior proporção de migrantes nascidos na UE, quatro em cada cinco migrantes vêm de outros países da UE. Quando olhamos para as cidades, Bruxelas e Londres são as duas regiões com a maior parcela populacional de migrantes na OCDE, com 54% e 44%, respetivamente.

A cooperação internacional, o respeito aos direitos humanos e a promoção da integração podem ajudar a criar sociedades mais inclusivas e equitativas. Ao reconhecermos o contributo dos migrantes e ao protegermos os seus direitos, estamos a construir um mundo mais justo e solidário. A par com esta estratégia de integração, precisamos de garantir a gestão adequada das fronteiras, oferecer proteção e assistência aos migrantes e promover a sua integração nas comunidades de acolhimento.