O Chega deu entrada, na Assembleia Legislativa da Madeira, a um projecto de resolução que pede ao Governo Regional que realize uma auditoria externa independente às contas da GESBA. Esta iniciativa consta do programa eleitoral do partido às eleições regionais.

No texto entregue no parlamento, o partido explica que, aquando da criação da GESBA, o Governo Regional prometeu que a reestruturação do sector da banana permitiria a redução dos custos pela integração de meios operacionais, a optimização da gestão dos recursos financeiros e humanos, uma política comercial que valorizasse o posicionamento da marca ‘Banana da Madeira’, a modernização do sector e o pagamento quinzenal ao produtor.

No entanto, Miguel Castro indica que, quinze anos após a sua criação, a GESBA “não tem trazido para o sector da banana a estratégia prevista em 2008, mas gerado inúmeros problemas e críticas, entre os quais o baixo valor pago ao produtor, a opacidade na gestão dos apoios europeus, o respeito pelas regras do mercado, a legitimidade para assumir acordos com associações de outras regiões produtoras e a falta de capacidade para responder às novas condições dos mercados.”

Assim, tendo por base “a urgência de salvaguardar o Interesse Público, a estabilidade económica e financeira da empresa e o interesse último do produtor”, o Chega recomendou ao GR a contratação de uma empresa independente para a realização de uma auditoria financeira à GESBA, exigindo que a mesma seja "conduzida de forma transparente e com a disponibilização de toda a informação necessária". O partido indica ainda que o processo deve culminar com a apresentação pública de um relatório que exponha de forma clara os resultados da auditoria financeira independente, bem como as recomendações dos auditores para correções à gestão da GESBA.

Segundo o deputado Miguel Castro, que é também presidente do partido, a iniciativa agora apresentada representa “uma oportunidade para o Governo Regional demonstrar se está interessado na transparência no sector da banana ou se prefere continuar a alimentar a gestão duvidosa e danosa que a GESBA tem vindo a promover e que está aos olhos de todos.” O líder do partido promete que o Chega continuará a expor “os erros e as redes de interesses que, há décadas, andam a lesar o interesse público e o bolso de quem trabalha.”