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Orçamento do Estado País

Vida das empresas "seria ainda mais difícil" sem OE2024

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A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifestou ontem respeito pela decisão do Presidente da República, considerando que, sem a aprovação do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), a vida das empresas "seria ainda mais difícil".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na quinta-feira que, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, optou pela dissolução da Assembleia da República em dezembro e pela marcação de eleições em 10 de março de 2024, possibilitando assim a aprovação global final, este mês, da proposta de OE2024.

Em comunicado, a CTP afirma que "manifesta o respeito pelas decisões ontem [quinta-feira] apresentadas pelo Presidente da República, destacando o facto de o calendário apresentado permitir a aprovação e a entrada em vigor do OE2024 e a prossecução do calendário do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)".

"Sem a aprovação do OE2024, o país teria de viver um largo período numa gestão por duodécimos na atual conjuntura inflacionista, pelo que seria ainda mais difícil a vida para as empresas e para os portugueses, no âmbito de uma situação internacional e nacional de grande incerteza e tendo em conta que os indicadores económicos vão apontando para uma possível fase de recessão da economia", defende a confederação presidida por Francisco Calheiros.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

No dia da demissão, Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável".