A nova temporada de futebol já arrancou, mas sabia que existem novas regras impostas pelo International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as leis desta modalidade desportiva?

As novas regras do futebol, como também a discussão sobre o fim dos 90 minutos de duração de um jogo, saíram das reuniões mantidas antes da nova época futebolística, entre o IFAB e a FIFA, com vista a tornar os jogos ainda mais atractivos e emocionantes, tanto para os seus intervenientes quanto para os adeptos.

Fique agora por dentro das mudanças que aconteceram no futebol mundial:

Na marcação de penáltis, os guarda-redes para além de se manterem em cima da linha de golo, de estarem proibidos de tocarem nas redes, nos postes e na barra da baliza, também passam a não poder distrair deliberadamente o adversário.

"Durante um pontapé de grande penalidade, o guarda-redes não se deve comportar de uma forma que deixe de demonstrar respeito pelo jogo e pelo adversário, distraindo injustamente o executante (por exemplo, atrasando a execução do penálti)", pode ler-se no documento das novas regras.

O tempo prolongado durante as celebrações de um golo passa a ser considerado pelo árbitro na decisão do tempo de compensação.

"As celebrações de golos resultam muitas vezes numa quantidade significativa de tempo "perdido", pelo que agora se tornam um ponto separado na lista de causas que o árbitro tem em conta ao decidir o tempo adicional no final do tempo", informa o organismo.

Outra das novas regras pretende clarificar as dúvidas nos foras-de-jogo em relação se foi um lance "deliberado com a bola” ou se foi um “desvio” ocasional.

Isto é, qualquer jogador em posição de fora-de-jogo que receba a bola de um adversário, que tenha “total controlo” da mesma, passa a estar em jogo. No entanto, se o árbitro entender que o defesa que tocou na bola não tem o tal "total controlo da bola" no momento em que fez a assistência para o rival, o fora-de-jogo deve ser assinalado, da mesma forma quando um guarda-redes defende um remate e a bola acaba a sobrar para um jogador que está em posição irregular.

"Se o passe, a tentativa de obter a posse de bola ou o afastamento por parte do jogador que detém a posse da bola for impreciso ou mal sucedido, isso não nega o facto de o jogador ter 'jogado deliberadamente' a bola", explica o IFAB, que acrescenta quais os critérios que os árbitros vão ter em conta para decidir quando um atleta jogou a bola deliberadamente: " se a bola veio de longe; se o jogador tinha uma visão clara; se a bola não se move rapidamente; a direcção da bola não inesperada; se o jogador teve tempo para coordenar seu movimento; e se a bola no chão é mais fácil de jogar do que no ar".

Confira em seguida alguns exemplos dessas jogadas:

A partir de agora, um jogador que cometa um penálti só é expulso se o árbitro considerar que este não teve a intenção de disputar a bola em qualquer momento.

De modo a simplificar a vida do árbitro nos momentos de maior turbilhão, uma das novas regras indica que, caso o juiz da partida não consiga identificar quem cometeu uma infracção (seja um jogador suplente, elemento da equipa técnica ou dirigente da equipa), o cartão deve ser mostrado ao treinador principal, com a cor mais indicada tendo em conta a gravidade da infracção em causa.

Dependendo do lance e do número de ângulos de câmara de vídeo, poderá ser necessário a utilização de mais um VAR e um ou mais operadores de repetições.

O árbitro assistente suplente está agora autorizado a assistir o árbitro da mesma forma que os outros árbitros em campo.

Anteriormente, "a única função deste juiz era substituir um árbitro assistente ou o quarto árbitro caso não pudessem continuar em campo", afirmou a IFAB, acrescentando também como agora estes juízes podem prestar esse auxílio. "Podem apoiar o árbitro em infracções quando tiver uma visão mais clara do lance; deve apresentar um relatório sobre qualquer má conduta grave ou outro incidente que ocorreu fora da vista do árbitro e dos outros árbitros", esclarece o organismo.

Se um jogador ou outro elemento da equipa técnica estiver dentro de campo no momento em que a sua equipa marca golo e interferir na jogada, o árbitro deve marcar falta no local onde estava essa pessoa. Caso não exista interferência, o golo será validado, assim como se essa invasão acontecer por parte de um jogador ou elemento do staff da equipa que sofreu o golo.

"Se a pessoa extra for um jogador, substituto, jogador substituído/expulso ou um oficial da equipa que marcou, deve ser assinalado um livre directo na posição desta pessoa. Se o elemento a mais for um agente externo que interferiu no jogo, deve ser efectuada bola ao solo (a menos que tenha sido golo)", explica o IFAB.