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Restrições causaram défice orçamental de 2,2% na zona euro no 1.º trimestre

Dívida pública sobe para 86,3% do PIB na zona euro no 1.º trimestre

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As medidas restritivas da Europa para conter o surto de covid-19 levaram a um défice orçamental de 2,2% do PIB na zona euro no primeiro trimestre deste ano, o mais elevado desde 2015, anunciou hoje o Eurostat.

Dados hoje divulgados pelo gabinete de estatísticas comunitário, o Eurostat, revelam que, "no primeiro trimestre de 2020, quando as medidas de contenção da covid-19 começaram a ser amplamente introduzidas pelos Estados-membros", o défice orçamental fixou-se em 2,2% na zona euro e 2,3% na União Europeia (UE).

Estas percentagens comparam com um défice orçamental de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na zona euro no primeiro trimestre de 2019 e de 0,4% do PIB no conjunto da UE, isto em termos homólogos.

Já na variação em cadeia, no último trimestre de 2019, registou-se um défice orçamental de 0,7% do PIB, tanto na zona euro como no conjunto da UE.

De acordo com o Eurostat, neste primeiro trimestre de 2020 houve, assim, "um aumento acentuado" no défice orçamental, tanto nos 19 países do euro como no total dos 27 Estados-membros.

Acresce que o défice orçamental destes primeiros três meses do ano na zona euro traduz-se no "mais elevado registado na área do euro desde o segundo trimestre de 2015", conclui o Eurostat.

No caso de Portugal, verificou-se um défice orçamental de 1,1% do PIB no primeiro trimestre de 2020, contra um excedente de 0,2% no mesmo período de 2019.

O Eurostat dá ainda conta de que, no primeiro trimestre de 2020, a despesa governamental total na zona euro subiu para 49,2% do PIB, face aos 47,1% do PIB do trimestre anterior e aos 46,9% do período homólogo de 2019.

As receitas governamentais totais também subiram na zona euro, ascendendo a 47% do PIB, aumentando face ao trimestre anterior e ao período homólogo de 2019 (fixou-se em ambos em 46,4% do PIB).

Tendência semelhante se verificou no conjunto da UE, no qual a receita total dos governos aumentou para 46,3% do PIB no primeiro trimestre de 2020, acontecendo o mesmo com a despesa governamental total, que se fixou em 48,6% do PIB.

Dívida pública sobe para 86,3% do PIB na zona euro no 1.º trimestre

A dívida pública na zona euro subiu, no primeiro trimestre de 2020, para 86,3% do Produto Interno Bruto (PIB) devido às medidas restritivas contra a covid-19, com Portugal a ser o terceiro pior país, divulgou hoje o Eurostat.

Segundo a informação hoje divulgada pelo gabinete de estatísticas comunitário, no primeiro trimestre deste ano, "em que as medidas de contenção da covid-19 começaram a ser amplamente introduzidas pelos Estados-membros", a dívida pública da zona euro atingiu os 86,3% do PIB, percentagem que compara com 84,1% no trimestre anterior.

Verificou-se, porém, uma ligeira descida face ao período homólogo de 2019 (no qual este indicador atingiu 86,4% do PIB).

No conjunto da União Europeia (UE), também se registou uma subida na variação em cadeia, com a dívida pública a passar de 77,7% do PIB no trimestre anterior, o último de 2019, para 79,5% do PIB nos primeiros três meses de 2020.

Na comparação homóloga, também se verificou uma ligeira descida, dada a dívida pública de 80% do PIB no primeiro trimestre de 2019.

"Espera-se que os impactos das medidas de contenção, bem como as respostas políticas às medidas de contenção, só se materializem plenamente nas crescentes necessidades de financiamento no segundo trimestre de 2020" Eurostat

Ainda assim, já no primeiro trimestre, Portugal é o terceiro Estado-membro com maior dívida pública, de 120% do PIB, só ficando atrás da Grécia (176,7%) e de Itália (137,6%).

Seguiram-se a Bélgica (104,4%) e a França (101,2%).

Em sentido inverso, a dívida pública mais baixa registou-se na Estónia (8,9%), Bulgária (20,3%) e Luxemburgo (22,3%).

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