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Inundações fazem 55 mortos no Bangladesh

As chuvas deixaram quase um terço do país submerso

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Foto EPA

Pelo menos 55 pessoas morreram no Bangladesh após duas semanas de intensas chuvas que causaram graves inundações naquele país e deixaram quase um terço do território submerso, informaram hoje as autoridades locais.

As inundações, ocorridas em plena época de monções, atingiram 18 dos 64 distritos que compõem o país, afetando um total de 2,3 milhões de pessoas, indicou o Ministério para a Gestão e Assistência de Desastres do Bangladesh, num comunicado.

"A água começou a recuar em alguns distritos da região norte, mas temos informações de que outros distritos ficaram inundados recentemente", afirmou, em declarações à agência espanhola EFE, o secretário do ministério, Mohammad Mohsin.

Cerca de 1.500 abrigos foram instalados nos distritos afetados pelas inundações para receber as pessoas que ficaram desalojadas.

Os distritos de Kurigram (norte) e Jamalpur (centro) estão entre os mais afetados pelas chuvas intensas, que começaram em 30 de junho, e pelas consequentes inundações.

Entre as 55 vítimas mortais registadas até agora no país, estes dois distritos contabilizaram, respetivamente, 14 óbitos.

Apesar de a água ter começado a recuar em alguns distritos, as autoridades do Bangladesh continuam a alertar que a situação ainda é perigosa, nomeadamente na zona norte do país, onde os caudais dos rios continuam muito acima do nível de segurança.

"Já assistimos a duas fases de inundações e poderá ocorrer uma outra fase a partir da próxima semana", indicou o chefe do Centro de Previsões e de Alertas de Inundações do Bangladesh, Arifuzzaman Bhuiyan.

"A gravidade destas inundações parece ser maior do que aquelas que normalmente ocorrem na época das monções. Cerca de um terço do país está agora debaixo de água. Mais áreas poderão ficar submersas na fase seguinte", acrescentou o responsável.

O Bangladesh, país no sul da Ásia que tem grandes rios em todo o seu território, regista normalmente vários dias consecutivos de chuvas intensas (época das monções) entre os meses de julho e agosto, que frequentemente provocam centenas de mortes e milhões de desalojados.

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