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Milhares de pessoas manifestam-se em Espanha por um pacto de reconstrução social

Foto EPA/VICTOR LERENA
Foto EPA/VICTOR LERENA

Milhares de pessoas manifestaram-se ontem em várias cidades de Espanha por iniciativa dos sindicatos UGT e CCOO para exigir um pacto de “reconstrução social” na sequência do impacto causado pela pandemia de covid-19 no país.

Em defesa de uma maior unidade política e do reforço dos serviços públicos, nomeadamente com o fim de cortes no setor da saúde ou a “mercantilização dos cuidados”, a ação conjunta da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e das Comissões Operárias (CCOO) conta com o apoio de figuras conhecidas da sociedade espanhola, como o realizador Pedro Almodóvar ou o filósofo Emílio Lledó.

A manifestação na capital Madrid foi a maior das 53 realizadas, ao juntar cerca de 3.000 pessoas na zona Novos Ministérios, no centro da cidade, ao longo de um quilómetro, em quatro filas bem definidas, com máscaras e respeito pela distância social.

“Queremos que os acordos nacionais alcancem a reconstrução social, para reforçar os nossos serviços públicos. Pedimos aos líderes políticos e económicos que invistam na saúde, na saúde pública, o único sistema igualitário para que todos tenhamos acesso aos serviços essenciais. Vamos evitar tensões e concentrar-nos na unidade”, disse o secretário-geral das CCOO, Unai Sordo.

Na mesma linha de argumentação, o líder da UGT, Pepe Alvarez, fez um apelo ao “reforço dos elementos que mais falharam nesta crise” e, por conseguinte, “serviços públicos e maior proteção dos trabalhadores” através de “pactos de Estado”.

Além de Madrid, houve também concentrações em Barcelona, Gijón, Múrcia, Badajoz, Pamplona, Huelva, Córdoba e Albacete, entre muitas outras cidades, unidas pelo manifesto “Por um pacto para a reconstrução social de Espanha. Vamos sair” e pela preocupação de observar as regras de proteção individual e social face ao risco de ressurgimento de casos de infeção pelo SARS-CoV-2.

Espanha é o sexto país do mundo mais afetado em termos de óbitos desde o início da pandemia, contabilizando pelo menos 28.341 mortos em mais de 248 mil casos de infeção.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 495 mil mortos e infetou mais de 9,87 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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