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Sete associações académicas criam movimento para pensar futuro do ensino superior

As Associações Académicas das Universidades de Aveiro, Algarve, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro criaram o movimento ‘Académicas.’ para promover a discussão sobre o futuro do ensino superior em Portugal, anunciaram hoje as instituições.

O presidente da Associação Académica de Coimbra, Daniel Azenha, explicou à Agência Lusa que o movimento associativo pretende juntar as vozes dos estudantes das diversas instituições e “ajudar o Governo na tomada de medidas para o futuro”.

“É um dia histórico e importante, pois há muito tempo que as associações não se juntavam assim. As associações estão muito ligadas aos estudantes em várias áreas, como o ensino superior, cultura ou desporto”, apontou.

Daniel Azenha sublinhou ainda que as decisões governamentais sobre o ensino superior não “devem ser tomadas sem serem ouvidas as academias”.

O movimento ‘Académicas.’ vai promover um ciclo de conferências, no mês de julho, intitulado “Universidade depois da Pandemia?”, acrescentou.

O objetivo é “ajudar a reunir um conjunto de informações e ajudar o Governo a tomar decisões”, disse ainda.

“Queremos que o ensino superior continue e corra da melhor forma. Há algumas diferenças entre as várias instituições, pelas diferenças geográficas por exemplo, mas as academias estão todas juntas”, realçou.

Em comunicado, a iniciativa que junta sete instituições destacou que ao longo de três semanas as conferências irão promover “momentos de reflexão sobre o ensino, a aprendizagem e avaliação, a participação estudantil, a ação social e financiamento e a vida nas Universidades, terminando com um momento de reflexão global”.

“O movimento ‘Académicas.’ fundou-se para reiterar, uma vez mais, que as Associações Académicas serão sempre a solução e nunca parte do problema. Acreditamos que a História e a postura de seriedade e responsabilidade que sempre pautou o trabalho realizado pelas estruturas representativas das academias portuguesas é mais do que suficiente para ser escutado pela tutela e empreender novas respostas aos desafios que surjam”, pode ler-se.

As Associações Académicas apontaram ainda a “desconsideração” por parte do Governo por nunca terem sido consultadas sobre “a realidade vivida no quotidiano das academias, as dificuldades sentidas pela comunidade estudantil ou sobre as soluções até agora encontradas”.

“Neste período especialmente conturbado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior demonstrou como encara as estruturas representativas dos estudantes e o seu interesse em escutar as preocupações legítimas das Associações Académicas de todo o país”, destacou o movimento.

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