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Guaidó diz que venezuelanos estão quase a terminar com ditadura no país

Líder da oposição disse que “o acompanhamento internacional é fundamental” para conseguir uma transição à democracia no país

Foto ShutterstockRuben Alfonzo
Foto ShutterstockRuben Alfonzo

O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, disse que a Venezuela está “no limite que conduz ao fim da ditadura”, insistindo que “o acompanhamento internacional é fundamental” para conseguir uma transição à democracia no país.

“Hoje posso dizer, neste momento, por mais complicado que seja, estamos no limite que conduz ao fim da ditadura. Isso é inegável”, disse, na quinta-feira.

O líder opositor venezuelano falava durante o fórum virtual “É possível uma transição na Venezuela”, que reuniu diversos políticos, entre eles o ex-Presidente de Espanha, Felipe González.

Segundo Juan Guaidó, a luta da oposição, de cada “mártir, preso político e exilado” tem tido “o seu peso” o que permite acreditar “firmemente que hoje a Venezuela pode construir uma passagem definitiva para uma gestão democrática”.

“Hoje, somos nós, os que representamos um avanço definitivo à liberdade, à democracia”, frisou.

No entanto, pediu à oposição que faça uma autocrítica e “reconheça os erros” cometidos.

“Devemos sentir-nos orgulhosos do que temos aprendido, de reconhecer os erros, saber que a luta valeu a pena”, disse, pedindo para que a população se centre no esforços para a construção de “um futuro comum”.

“Não podemos entrar em falsos dilemas, há que usar todas as ferramentas que temos para a transição à democracia”, disse.

Durante o fórum, o ex-presidente do Governo de Espanha, Felipe González, apoiou a proposta de Juan Guaidó e da maioria parlamentar opositora de criar um Governo de Emergência Nacional para a Venezuela.

Questionou a recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ) de retirar, no início de junho, os poderes da Assembleia Nacional para eleger novas autoridades eleitorais, declarando “a omissão” daquele organismo na designação dos membros do Conselho Nacional Eleitoral, em discordância com vários artigos da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais venezuelanos.

“O propósito de (Nicolás) Maduro não é ir a umas eleições democráticas, Maduro nunca irá aceitar umas eleições em que possa perder o poder”, disse Felipe González.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou desde finais de janeiro de 2019, quando o presidente da Assembleia Nacional, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democrática no país.

Guaidó conta com o apoio de quase 60 países.

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