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DGS diz que é cedo para avaliar reflexos do desconfinamento

Foto Lusa
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A diretora-geral da Saúde disse hoje que “ainda é cedo” para avaliar o impacto das medidas de desconfinamento nos novos casos de infetados por covid-19, mas apelou aos cidadãos para manterem a precaução e não relaxarem.

Questionada na conferência de imprensa diária sobre a pandemia em relação aos reflexos do desconfinamento nos novos casos de infeção, Graça Freitas respondeu que “talvez seja um bocadinho cedo” para fazer essa avaliação.

“Com desconfinamento ou não, o nosso comportamento tem de ser de precaução, precaução, precaução”, apelou.

A diretora-geral alertou que “não se pode relaxar as medidas”, justificando que “nos sítios onde há relaxamento das medidas de distância física e de controlo da infeção surgem focos da doença”.

A responsável insistiu que “a doença não desapareceu, o vírus está a circular e apenas uma percentagem mínima da população foi atingida por esse vírus e terá imunidade”, motivo pelo qual “todos os que não tiveram a doenças estão suscetíveis ao risco”.

Graça Freitas relacionou o aumento médio de novos casos de infeção no país com o surto numa empresa da Azambuja, no distrito de Lisboa, onde existem 101 trabalhadores infetados e outros três casos relacionados, e com a realização de rastreios, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo.

“Lisboa e Vale do Tejo está a testar muita gente e, quando se testa, é habitual encontrar-se casos positivos assintomáticos”, justificou.

As autoridades continuam a investigar as causas do aumento médio diário de novos casos de infeção, quer a nível nacional, quer em Lisboa e Vale do Tejo, região onde “aparentemente são multifatoriais”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas, e há 2.422 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

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