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Cinco mortos em operação policial em favelas do Rio de Janeiro

Cinco pessoas, incluindo um líder do tráfico de droga, morreram hoje de manhã numa operação policial no Complexo do Alemão, um dos maiores conjuntos de favelas do estado brasileiro do Rio de Janeiro, segundo fonte policial.

A informação foi confirmada ao jornal O Globo pelo delegado da Polícia Civil Marcus Amim, que acrescentou que entre os mortos está o chefe do tráfico do Morro Pavão-Pavãozinho, localizado na Zona Sul da cidade, e um dos seus seguranças.

Na operação, ocorrida no Complexo do Alemão (zona norte do Rio de Janeiro), foram ainda apreendidas oito espingardas, subindo para 139 o número desse tipo de armamento apreendido pelas autoridades este ano, segundo informou a Polícia Militar na rede social Twitter.

Durante a manhã, vários moradores do Complexo do Alemão usaram as redes sociais para relatar a situação de pânico que viveram durante a operação, levada a cabo pelas polícias civil e militar.

Os cidadãos criticaram o facto de serem realizadas operações num momento de pandemia do novo coronavírus, em que os moradores permanecem mais tempo nas favelas, ficando mais vulneráveis aos confrontos entre polícia e gangues.

“Em meio à pandemia global, uma chacina essa manhã no Complexo do Alemão, após a operação do Batalha~o de Operac¸o~es Especiais. Evitar aglomerac¸a~o? ??Isolamento social completo?? E´ impossi´vel nessa realidade, infelizmente. O choro de uma ma~e acaba com meu corac¸a~o”, escreveu na rede social Twitter Raull Santiago, ativista e morador do Complexo do Alemão, partilhando um vídeo onde é possível ver corpos no chão.

Já o jornal Voz da Comunidades falou em “cenário de guerra” para relatar a situação vivida pelos moradores da região.

“Cinco mortos e um ferido nesta manhã no Complexo do Alemão. Cenário de guerra: Moradores enviaram vídeos (...) mostrando a destruição em um beco por conta de uma granada. Moradores relatam tiros desde 06:00 da manhã [hora local, 10:00 em Lisboa]. (...) Os corpos das pessoas que foram baleadas durante a operação estão na entrada do loteamento aguardando a chegada do rabecão [carro fúnebre]”, reportou o jornal nas redes sociais.

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