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Sonae Capital agrava prejuízo para 5,4 milhões de euros no 1.º trimestre

A Sonae Capital registou 5,4 milhões de euros de prejuízo no primeiro trimestre, valor que compara com um resultado líquido negativo de 5,07 milhões de euros apurado em igual período de 2019, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a empresa indicou que o seu volume de negócios mais do que duplicou, passando de 33,94 milhões de euros nos primeiros três meses de 2019 para 101,85 milhões de euros no primeiro trimestre de 2020.

Por sua vez, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado fixou-se em 3,96 milhões de euros, uma queda homóloga de 0,4%.

Já o investimento bruto situou-se em 7,6 milhões de euros, “em virtude dos investimentos em curso no segmento de energia, nomeadamente no projeto de desenvolvimento da central de cogeração alimentada a biomassa e no segmento de fitness”.

O grupo dispõe ainda de linhas de crédito no montante de 72,5 milhões de euros, em virtude das operações de refinanciamento e do reforço da liquidez, o que reflete um aumento da resiliência que permite “encarar os tempos de incerteza que se avizinham com maior confiança”.

Por segmento de negócio, o da energia obteve 80,5 milhões de euros de faturação no primeiro trimestre, mais do que quintuplicando face ao período homólogo.

O investimento (capex) totalizou 3,6 milhões de euros, com destaque para a nova central termoelétrica de cogeração alimentada a biomassa florestal, cujo arranque está programado para o segundo semestre.

O volume de negócios do segmento de fitness, por seu turno, progrediu 6,2% para 10,7 milhões de euros, “impulsionado pelo número superior de sócios ativos que ascendeu a 105 mil, 17,8% acima do registado em igual período de 2019”.

O segmento da hotelaria foi impactado pelo desempenho do mês de março, em função do abrandamento do fluxo turístico devido à pandemia de covid-19, tendo assim a faturação cedido 23,8%, nos primeiros três meses do ano, para 2,3 milhões de euros.

No que se refere à engenharia industrial, o volume de negócios cresceu 8%, no primeiro trimestre, para 2,8 milhões de euros, resultado de “uma atividade comercial mais favorável”.

Por último, a faturação das operações em Troia foi de 1,6 milhões de euros até março, 1,7% abaixo do valor registado no período homólogo, evolução também impactada, em março, pela suspensão de uma parte das carreiras Atlantic Ferries e do encerramento dos restantes serviços do resort, exceto do Meu Super e da marina.

Em 31 de março, o grupo Sonae Capital detinha ainda um portfólio de ativos imobiliários no valor de 318,3 milhões de euros.

Citado no mesmo documento, o presidente executivo da Sonae Capital, Miguel Gil Mata, sublinhou que o primeiro trimestre de 2020 “encerrou num contexto muito particular, que trouxe um desafio sem precedentes para a sociedade, Estados, empresas e indivíduos”.

Este responsável agradeceu ainda a “tenacidade” dos colaboradores do grupo, que têm marcado a diferença “em situações que ultrapassam no âmbito das suas funções”, como as equipas de hotelaria, que têm recebido profissionais de saúde que se encontram “na linha da frente”.

Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Sonae Capital cederam 6,52% para 0,42 euros.

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