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Porto Santo cancela festas de São João

Foto Shutterstock
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A Câmara Municipal do Porto Santo decidiu cancelar a edição de 2020 das festas do concelho, adiando para 2021 as famosas marchas de São João, que estavam marcadas para Junho, “face às recentes posições assumidas pelo Governo e dado o estado de emergência, que proíbe todas as iniciativas que impliquem ou possam implicar concentração de pessoas, no momento em que assistimos à rápida disseminação do Covid-19”.

Através de comunicado, a autarquia exprime “com imensa tristeza” o cancelamento da sua “maior tradição”, nomeadamente as festas do concelho, “mais conhecidas como as Festas de São João, que ao longo dos tempos, se assumiram como maior cartaz turístico da ilha” e que representam “essencialmente as tradições mais genuínas de um povo com uma cultura muito própria”.

“Esta decisão tem a ver com a forte concentração de pessoas que marca as nossas Festas de São João, que é fortemente incompatível e desaconselhável com a sua realização, mesmo tendo em conta os diversos cenários traçados pela DGS, que aponta para um pico do contágio para as próximas semanas. Contudo, a Câmara Municipal decidiu, por força deste cancelamento, reforçar já em 2020, a dotação de apoio social, para fazer face às contingências actuais, bem como reforçar substancialmente o Protocolo de Cooperação com a Junta de Freguesia, no sentido de lhe conferir mais meios financeiros. Neste momento, o apelo que podemos fazer é o seguinte: quando tudo isto passar, a ilha do Porto Santo vai continuar a esperar por si. Vamos estar melhores do que nunca para vos receber”, explica ainda o município, em comunicado.

São Pedro diferente em Câmara de Lobos. Ribeira Brava e Calheta mantêm silêncio

O DIÁRIO já contactou outras autarquias, na semana passada, no sentido de perceber se os Santos Populares iriam realizar-se, como é o caso do São Pedro, na Ribeira Brava e Câmara de Lobos, ou o São João, na Calheta. Apenas a autarquia câmara-lobense respondeu às nossas questões e adiantou desde logo que as festas, a acontecerem, não irão decorrer dentro dos moldes de anos transactos, dado que “a prioridade” do município passa por canalizar verbas para ajudar as famílias do concelho, a que acresce o facto de se evitar ao máximo, pelo menos até Setembro, os aglomerados de pessoas.

Ribeira Brava e Calheta ainda não se pronunciaram sobre o assunto, mas deverão seguir o exemplo do Porto Santo, Câmara de Lobos ou, se formos mais longe, de Porto e Lisboa, que também cancelaram os seus tão badalados Santos Populares.

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