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Assassino do jornalista eslovaco Jan Kuciak condenado a 23 anos de prisão

EPA/JAKUB GAVLAK
EPA/JAKUB GAVLAK

Um tribunal eslovaco condenou hoje a 23 anos de prisão o assassino do jornalista Jan Kuciak, assassinado a tiro em 21 de fevereiro de 2008 e que investigava as relações entre o crime organizado e o poder.

Kuciak foi assassinado juntamente com a sua companheira.

O condenado, Miroslav Marcek, é um antigo soldado que confessou o crime em janeiro, durante o julgamento.

Um tribunal da cidade de Pezinok, a norte da capital Bratislava, acusou-o de ter atingido Kuciak no peito, enquanto a sua namorada Martina Kusnirova foi morta com um tiro na cabeça na casa que ambos partilhavam na cidade de Velka Maca, a leste da capital.

Num processo paralelo, foram indicados três outros suspeitos, incluindo o conhecido empresário Marian Kocner que a procuradoria acusa de ter instigado o assassínio.

Os três homens declararam-se não culpados e enfrentam penas entre 25 anos e prisão perpétua caso sejam condenados, desconhecendo-se ainda a data do anúncio do veredicto.

Um quinto suspeito fez um acordo com os procuradores em troca de uma redução da sentença, e em 30 de dezembro foi condenado a 15 anos de prisão efetiva.

Esta caso desencadeou uma crise política que culminou na queda do governo do país eslavo.

O suspeito de ter ordenado o crime, Kocner terá alegadamente ameaçado o jornalista após a publicação de um texto sobre os seus negócios.

Os procuradores indicam que pagou um total de 70.000 euros a Miroslav Marcek pelas mortes de Kuciak e Kusnirova, ambos com 27 anos.

Estes assassínios estiveram na origem de grandes manifestações de protesto e de uma crise política que implicou o colapso do governo em funções.

Kuciak também investigava eventuais caso de corrupção nos meios governamentais.

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