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Refundação do SRS

Um modelo a mudar, assim o obriga o COVID.É uma realidade agora incontornável, imposta de forma “virulenta”, por um minúsculo ser, que tornou inclusive na doença, o planeta terra, numa aldeia global.Mas desde 1999, que um grupo de enfermeiros, defendia e inclusive fundaram, na RAM, varias empresas que se dedicavam, á “Hospitalização Domiciliária”, um centro de enfermagem, que por acaso, ficava onde é hoje o actual HPM, que logo de seguida deu origem, á Clinica24; inclusive lembro perfeitamente já existia, uma que se chamava “Elos”: coisas do passado, sempre olhadas com desdém, e nunca consideradas pelos governos de AJJ, que simplesmente as desprezaram. Estaríamos hoje com anos de peritagem, numa matéria que hoje, é considerada inadiável. Outros porém na EU, já a implementaram, à décadas, muitas nascidas no Séc. XX; publicas e privadas, não sabemos, neste particular evento, do COVID, como estão sendo utilizadas, já que muitos dos clientes, “ficam em casa” e são tratados em casa. O actual modelo, independentemente, de quem o defende, e dos que são a favor, de uma refundação, renovação, ou reciclagem por completo do mesmo, a verdade, é que o COVID, e as sucessivas vagas de infecções virais, no mundo, impõem, que o actual modelo de SRS, seja completamente revisto e reestruturado. Que permita que as estruturas e meios do SRS, possam, ter uma capacidade de mobilidade e de contacto, com quem “fica em casa”. Julgamos que a monitorização e a eficácia dos que sendo, tratados em casa, ficam mesmo em casa; sem aqui nos referirmos, a outras situações que poderiam, na realidade ser verdadeiramente monitorizadas, por exemplo o tal absentismo laboral.A linha assistencial, e aquele modelo, completamente separado; a tal, actividade hospitalar, separada da dos centros de saúde, simplesmente acabou. A linha assistencial, hoje, é transversal, em regime de partilha, partilha de informações, partilha de intervenções, planeamentos partilhados, partilha de responsabilidades, etc. Uma partilha entre actores, públicos, com privados, com IPSS, cuidadores e demais associações, uma linha assistencial que considera e implementa no vector assistencial, a “hospitalização domiciliária”, congregada numa rede onde o poder local, e de proximidade é um actor importante. É neste modelo de SRS, que a RAM, tem de apostar, um modelo que previne, e não tolera, situações de abandono hospitalar, as tais altas problemáticas, já que os cuidados e tratamentos, chegam a casa, um modelo institucionalizado, com suporte legal, no quadro legislativo do país. O COVID-19, e outras situações de pandemia, que obrigam, ao confinamento obrigatório, no domicílio, ou/e criação de centros de quarentena, obrigam, a uma reestruturação absoluta do modelo de SRS e até de SNS.Outro alerta que o COVID deixa agora, é a verdade absoluta, que o que actualmente se investe na saúde e na prevenção, não chega, porque o COVID, não é “coisa” que vá ter fim, mas sim, é um “evento” que terá de ser durante muitos anos vigiado, e isso implica, investimento em sectores de produção de equipamentos e diverso material para a saúde, inclusive quiçá, a arquitectura dos novos hospitais, tem que ser revista e reequacionada.

J. Edgar M. da Silva

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