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5 Sentidos

Vitória no Festival da Canção é “sonho tornado realidade” para a madeirense Elisa

Elisa (à direita) a vencedora do Festival da Canção 2020, acompanhada pela autora da canção Marta Carvalho. FOTO NUNO PINTO FERNANDES/GLOBAL IMAGENS
Elisa (à direita) a vencedora do Festival da Canção 2020, acompanhada pela autora da canção Marta Carvalho. FOTO NUNO PINTO FERNANDES/GLOBAL IMAGENS

A vencedora do Festival da Canção 2020, Elisa, considerou hoje “uma honra” representar Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, sublinhando que a vitória alcançada no sábado à noite em Elvas (Portalegre) é “um sonho tornado realidade”.

“Ainda estamos um bocadinho fora de nós, somos muito jovens e nunca pensámos mesmo que algo deste género pudesse acontecer, acho que isto é um sonho tornado realidade”, disse a vencedora do Festival da Canção 2020 aos jornalistas, no decorrer de uma conferência de imprensa.

Elisa, que venceu a 54.ª edição do Festival da Canção, iniciativa que decorreu no Coliseu Comendador Rondão Almeida, em Elvas, levou ao palco o tema “Medo de Sentir”, assinado por Marta Carvalho.

Filipe Sambado, com o tema “Gerbera Amarela do Sul”, recebeu a pontuação máxima (12 pontos) atribuída pelas regiões do Norte, Centro, Açores, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, ao passo que o tema “Passe-Partout”, de Bárbara Tinoco, recebeu a pontuação máxima da região Alentejo e Elisa conseguiu a pontuação máxima da região da Madeira.

Elisa beneficiou dos pontos acumulados pelas votações das regiões e do público.

O segundo lugar do Festival da Canção 2020 foi atribuído a Bárbara Tinoco e o terceiro lugar foi parar às mãos de Filipe Sambado.

Para a vencedora, foi “péssimo” assistir ao desenrolar da votação, revelando que é “muito má a matemática”.

Elisa, que confessou ainda estar “sem voz”, disse aos jornalistas que foi “incrível” receber o galardão das mãos de Conan Osiris, vencedor do Festival da Canção em 2019, com o tema “Telemóveis”.

Marta Carvalho, que escreveu o tema “Medo de Sentir” e que acompanhou Elisa em palco na final de Elvas, disse por sua vez aos jornalistas que “só” aquela cantora poderia cantar aquela canção.

A compositora, que escreveu o tema vencedor no dia em que conheceu Elisa, confessou ainda que é “tudo estranho” o que estão a viver nesta altura após a vitória.

Elisa e Marta Ramalho acrescentaram ainda que não estão a pensar na prestação que vão desenvolver no Festival da Eurovisão da Canção, em maio, em Roterdão (Países Baixos), estando nesta altura a “saborear a vitória.

“Gerbera Amarela do Sul” de Filipe Sambado foi o primeiro tema da noite do festival, seguindo-se “Abensonhado”, composta e interpretada por Jimmy P, “Mais real que o amor”, escrita por Pedro Jóia e interpretada por Tomás Luzia, “Não voltes mais”, composta e interpretada por Elisa Rodrigues, “Movimento” (Throes+The Shine), “Diz só”, da autoria de Dino D’Santiago e interpretada por Kady, “Medo de Sentir” (Marta Carvalho/Elisa) e “Passe-Partout” (Tiago Nacarato/Bárbara Tinoco).

O festival, que ficou marcado no seu início por um leque de recordações de programas e séries que marcaram a história da RTP, que assinalou no sábado 63 anos, contou ainda com as atuações das Roncas de Elvas e de Samuel Úria, que interpretou vários temas que marcaram o “rock em português” nos anos 1980, contando com a participação de Alex D´Alva Teixeira, Joana Espadinha, Surma, NBC e Lena d´Água.

Conan Osiris, vencedor do Festival da Canção em 2019, também subiu ao palco no Coliseu Rondão Almeida, tendo interpretado o tema “Telemóveis”, com que viajou até Israel.

Portugal só venceu a Eurovisão uma vez, em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e escrito pela sua irmã, Luísa Sobral.

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