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Dezenas de milhares de trabalhadores migrantes tentam sair da Tailândia

Foto EPA
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Dezenas de milhares de trabalhadores migrantes começaram a fugir da Tailândia, onde os casos de Covid-19 se multiplicam, e dirigem-se para o Laos e a Birmânia onde os sistemas de saúde são precários.

O director-geral da empresa Bangkok Bus, Jirasak Yaowasakul, disse à France-Presse que cerca de 84 mil viajantes, na maior parte do Laos, acorreram durante o fim de semana às principais estações de autocarros da capital da Tailândia.

No norte do país, milhares de birmaneses juntam-se nos postos de fronteira, aguardando autorização de passagem para o país de origem.

“Mais de nove mil pessoas devem entrar na Birmânia por aqui, até ao final do dia”, disse Unsit Sampuntharat, governador da província de Tak onde se situa a “ponte da amizade” entre os dois países.

Milhares de cidadãos do Camboja cruzaram a fronteira durante as últimas 48 horas.

De acordo com dados oficiais, os casos de pessoas afectadas pela pandemia na Tailândia aumentaram, para um total de 721.

A maior parte dos casos concentra-se em Banguecoque, uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes.

Entretanto, as autoridades da Birmânia exortaram os trabalhadores que regressam ao país para se submeterem a uma quarentena voluntária durante duas semanas para não propagarem o vírus.

A Birmânia e o Laos são dos poucos países do mundo que não reportaram casos de pessoas contaminadas pelo Covid-19.

O Camboja anunciou que foram recenseados 84 casos de pessoas infectadas pela pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados.

Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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