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Madeira

Cafôfo defendeu, esta manhã, fecho do aeroporto

O deputado do PS na Assembleia Legislativa da Madeira já falou ao telefone com Marcelo Rebelo de Sousa e com António Costa, apelando ao encerramento dos aeroportos da Região.

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Foi numa conferência de imprensa, esta manhã, que Paulo Cafôfo disse já ter falado com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o Primeiro-Ministro, tendo reforçado a importância do fecho dos aeroportos da Madeira. O deputado socialista na Assembleia Legislativa da Madeira apelou à responsabilidade e solidariedade de todos, perante os tempos difíceis que vivemos.

“O contacto com o presidente da República, por via telefónica, visou salientar a premência do encerramento do aeroporto da Madeira, uma decisão que já deveria ter sido tomada a quando do pedido das Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.

Um encerramento que assegure as especificidades da Região e a solidariedade com as nossas comunidades.”, afirmou Paulo Cafôfo.

O encerramento deverá, contudo, garantir a saída dos turistas que o pretendam fazer, o abastecimento normal de produtos essenciais à vida dos madeirenses e porto-santenses, a deslocação dos residentes por motivos médicos inadiáveis ou outros assuntos urgentes, bem como o regresso dos madeirenses residentes no continente, como os estudantes ou os nossos emigrantes que queiram regressar.

É, por isso, com expectativa que diz aguardar a “as conclusões do Conselho de Estado que se irá realizar amanhã e as resoluções que serão tomadas pelo Sr. Presidente da República e pelo Governo”.

A suspensão das viagens por parte da Binter também causa alguma apreensão, com Paulo Cafôfo a criticar a atitude unilateral da companhia espanhola. Perante esta situação, e como forma mais rápida de a resolver o problema até à reposição da normalidade do serviço , “o Governo Regional deve solicitar à Força Aérea Portuguesa o transporte entre as duas ilhas de modo a atenuar este problema”, defendeu o deputado.

Falando em união, por há um “inimigo comum” que tem de ser combatido, o socialista referiu não ser este “o momento da partidirização, não é o momento dos partidos, não é o momento das fações”, apelando a uma luta conjunta, com “coragem, responsabilidade e respeito”. Perante este cenário, o PS Madeira “tudo fará para apoiar o Governo Regional e as autoridades competentes neste combate”, apoiando todas as medidas que venham a ser tomadas, “sempre que estas visarem a protecção dos madeirenses e porto-santenses do surto de pandemia instalado”.

Paulo Cafôfo deixou ainda uma palavra aos profissionais de saúde que estão, neste momento, “a dar o seu melhor, com prejuízo das suas vidas pessoais”.

Garantiu “confiar” no novo Director Clínico do SESARAM, Júlio Nóbrega, especialista em Cuidados Intensivos, nos técnicos do IASaúde, e em todos os profissionais para “acautelar toda a estrutura do serviço regional de saúde para as respostas necessárias nos serviços médicos a toda a nossa população”.

Ciente de que esta crise “poderá durar meses”, diz ser importante “executar as medidas necessárias, em particular as disponibilidades financeiras, para providenciar todos os equipamentos e meios para esse combate”.

Uma dessas medidas é a convocação das Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia para, em conjunto com o Governo Regional e todas as forças partidárias, “coordenar os planos de combate e contenção do vírus, mas também começar a preparar a recuperação da economia da Região, delineando um plano conjunto, bem pensado, bem coordenado, e consensualizado entre todos, para efeitos mais sólidos e efetivos junto das empresas e de todos os trabalhadores da Região”, advertiu Paulo cafôfo.

Na iminência de uma “crise económica sem precedentes” na Madeira, com empresas a fechar e trabalhadores colocados em Layoff, o socialista deixa “um repto ao Governo Regional, para que faça o que tem de ser feito e conte com todos – autarquias, partidos políticos, sociedade civil, empresas e trabalhadores”, pois mais do que nunca, “precisamos que todos os madeirenses e porto-santenses cumpram o seu papel”, ou seja, “que sigam as recomendações das autoridades de saúde, que ajam em conformidade com o que é dito pelas autoridades regionais e nacionais”.

Recorda que o sucesso desta batalha “depende de todos nós, não de um governo, não de um partido, não de uma instituição, mas de todos nós” e salienta que este é « o momento de agir, da solidariedade, da responsabilidade, da união”.

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