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Açores garantem reforço de 20% dos stocks de medicamentos e máscaras

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A Secretaria Regional da Saúde do Governo dos Açores disse hoje que vai haver “um reforço de 20% dos stocks de medicamentos, dispositivos médicos e equipamentos de proteção individual no âmbito da pandemia de Covid-19”.

O anúncio surge depois de a Ordem dos Enfermeiros regional ter alertado para falta de material de proteção individual, como máscaras e luvas.

Na sequência desse alerta, a Secretaria da Saúde disse à agência Lusa que vai haver esse reforço de 20% e que está a fazer o “ajustamento de EPI [equipamento de proteção individual] entre unidades [de saúde], com o objetivo de melhor responder às necessidades e especificidades de cada unidade e ilha”.

“Estamos a trabalhar para responder às necessidades” de cada unidade de saúde, indicou a Secretaria Regional.

Este esforço surge depois de um processo de levantamento das necessidades nesta matéria, que teve início em 26 de janeiro.

A tutela admite que “os sistemas de saúde se confrontam, desde o passado mês de dezembro, com desafios muito significativos”, razão pela qual “iniciou cedo os seus esforços no sentido de garantir as melhores condições na prestação de cuidados aos seus profissionais e, desta maneira, a toda a população dos Açores”.

O presidente da secção regional da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Soares, afirmou esta manhã que os relatos que lhe têm chegado dão conta de “enfermeiros, em algumas instituições, que recebem uma máscara no início de turno, e essa máscara tem de dar para o dia todo, quando, pelas indicações do fabricante, a máscara só garante quatro horas de proteção”.

Na resposta remetida à Lusa, a tutela afirma que os serviços regionais de Saúde e de Proteção Civil foram reorganizados e reforçados, “garantindo que todos os profissionais têm acesso a EPI e, desta maneira, a uma prática segura”.

“O stock de EPI é monitorizado diariamente de forma centralizada, desde 05 de março, em colaboração com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS)”, esclareceu ainda o executivo.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Os Açores mantêm apenas um caso confirmado de Covid-19, mas têm 10 suspeitos à espera de resultados laboratoriais e 411 pessoas em vigilância ativa, segundo revelou na segunda-feira o responsável da Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes.

Hoje, a Direção-Geral de Saúde anunciou que o número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte devido à Covid-19.

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