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Solstício de Verão

O início do Verão oferece-nos o Sol e a luz do dia até às 9 da noite, mas o “empata vidas” continua à solta, sem rosto e sem cheiro.

O calor obriga a andar com menos roupa, mas a máscara não pode faltar.

A notícia dum jogo de futebol ao mais alto nível da competição seria uma excelente notícia, não fosse o risco associado à pandemia COVID 19. Se por milagre, até lá, o bicho morresse, seria um rico Verão do futebol, mas infelizmente nada parece indicar esse caminho.

A sede de vida normal que todos temos, com aviões e barcos a chegar à ilha, necessários como o pão e água para a boca, obrigam a cuidados redobrados enquanto o bicho andar por aí.

Ninguém tem dúvidas que é importante retomar a atividade económica alicerçada na atividade turística, mas façamos a reflexão sobre os próximos tempos da nação:

a) Se tivermos “uma Itália da grande pandemia” em Portugal teremos turismo?

b) Se a tivermos na Madeira, teremos turismo?

A resposta é uma. Não. Nem lá, nem cá, nem em outra qualquer parte do mundo.

Claro que não podemos viver de “sess” mas devemos olhar para além da Ponta de São Lourenço. Teremos de viver com COVID-19 mas que ninguém desvalorize a pandemia. O que se passa lá fora será suficiente para entender a necessidade de criar soluções para uma realidade arquipelágica como a nossa, limitada pelos custos da insularidade, mas que poderá ser o segredo para salvar a pele desta pandemia.

A solução mágica neste momento ninguém tem. Nem os especialistas.

Poderemos /deveremos aproveitar o que se conseguiu (todos juntos), passado pouco mais de 3 meses, do primeiro caso de infecção por covid-19, na Madeira, ou seja, manter a disciplina da proteção individual.

A rotina de vida dos nossos verões não será a mesma. Teremos um desafio pela frente e chegados a setembro a miudagem terá outro desafio com o reinício das aulas. Temos tempo para criar a rotina mais adequada para essa etapa e o verão pode proporcionar um bom treino, com serenidade.

Ainda que (quase) sós nesta luta de controlo de passageiros no transporte aéreo, a bem de cada um de nós, a bem de cada um que chegue, perante o que se conhece, o caminho será: controlo à chegada já que não há “balls” para impor o controlo na origem.

Há vida para além do COVID e o Verão de bom turismo será importante para muitos orçamentos familiares que dependem desta atividade para matar a fome. Mas o turismo não acaba com o fim da época balnear. Tão ou mais importante o nosso turismo de final do ano com as benesses do bom tempo será igualmente necessário.

Todos juntos, outra vez, poderemos conseguir chegar ao solstício de Inverno com zero mortes, zero profissionais de saúde infetados e uma pandemia controlada nas ilhas. O cheiro a azevinho, os brindes na placa central e as festas do ano novo poderão ser iguais ao que já se conhece. Depende de cada um. Cuide-se!«

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