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Governo do Brasil inicia construção do seu primeiro hospital de campanha

Foto CARLOS BARROSO/LUSA
Foto CARLOS BARROSO/LUSA

O Governo brasileiro iniciou a construção do primeiro hospital de campanha dedicado à pandemia do novo coronavírus, que terá o custo de 10 milhões de reais (1,8 milhões de euros), informou na quarta-feira o executivo.

O centro hospitalar está a ser construído em Águas Lindas, município do estado de Goiás, após um pedido daquele governo estadual face à situação da covid-19 na região, indicou o Ministério da Infraestrutura em comunicado.

Devido à sua proximidade geográfica com o Distrito Federal, o hospital passará a complementar os sistemas de saúde de ambas as unidades federativas.

A unidade hospitalar, cuja conclusão das obras está prevista para dentro de 15 dias, terá 200 camas adaptáveis para unidades de tratamento semi-intensivas, com suporte para ventiladores.

“O Ministério da Infraestrutura vai indicar engenheiros especializados do seu quadro (...) para colaborar com o Ministério da Saúde no acompanhamento da obra. O Governo de Goiás fica como responsável pela operação, oferta de máquinas hospitalares, material médico e recursos humanos”, indicou o executivo brasileiro, liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério da Saúde informou também que assinou na noite de terça-feira um contrato de compra de 6.500 mil ventiladores mecânicos, no valor de 322,5 milhões de reais (57,9 milhões de euros), para uso no tratamento de pacientes infetados pelo novo coronavírus.

Segundo a tutela da Saúde, a aquisição dos aparelhos foi feita a um fabricante brasileiro.

“A expectativa é de que a entrega de todos os equipamentos ocorra em até 90 dias, sendo que quase dois mil deverão ser entregues ainda em abril”, indicou o Ministério em comunicado.

Os ventiladores ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos e o seu uso é indicado nos casos graves de infeção pelo novo coronavírus.

“Iniciámos uma ação há cerca de 45 dias, que é extremamente complexa, que é fazer com que a indústria nacional dispare uma produção em tempo reduzido. Temos quatro empresas que produziam esses equipamentos numa pequena quantidade e, juntos, conseguimos ampliar esta produção”, regozijou-se o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O Brasil registou um novo recorde diário com 133 mortes e 2.210 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando agora 800 óbitos, informou na quarta-feira a tutela da Saúde.

Além das 800 vítimas mortais, o Brasil tem agora 15.927 casos confirmados de infeção pela covid-19.

Em relação a terça-feira, quando o país sul-americano registou 114 óbitos, deu-se um aumento diário de 20%. Quanto aos infetados, a subida foi hoje de 16% relativamente ao dia anterior, quando se registaram 1.661 novos infetados.

Segundo a tutela da Saúde, o Brasil ocupa agora a 12.ª posição nos países com maior número de óbitos, é o 14.º com mais casos confirmados e está em 8.º lugar em taxa de letalidade.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 86 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 280 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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