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Madeira

PCP acusa GR de não criar condições para o desenvolvimento das pescas

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Inicia-se hoje, dia 15 de Março, a época oficial de captura do atum. Altura em que o PCP aproveita, através de uma declaração política dirigida à comunicação social, para dar voz às reivindicações de pescadores e armadores. “O Governo Regional mais do que promessas, deve garantir as condições necessárias para o desenvolvimento do sector piscatório na Região”, sublinha a nota.

Para os comunistas as quotas atribuídas pela União Europeia aos pescadores da Região para a pesca de atum são “insuficientes” e colocam “a nossa frota pesqueira atrás das frotas espanholas e chinesas”, pelo que consideram “inconcebível” a “submissão” do Estado Português e do Governo Regional “aos ditames da União Europeia” nesta matéria.

A “falta de trabalhadores nas lotas e entrepostos frigorífico” é outros dos factores que “condiciona a rentabilidade deste sector”, apontados pelo PCP. “Os atuneiros ficam horas e até mesmo dias à espera para descarregar o pescado, situação que provoca uma redução de rentabilidade da embarcação, com elevados custos financeiros”, sustentam, acrescentando que a contratação de recursos humanos continua a ser uma promessa do Governo Regional por cumprir.

“Quando as embarcações deslocam-se para sudoeste da Ilha da Madeira para a safra do atum as lotas do Paul do Mar e da Madalena do Mar, pela falta de trabalhadores e pelo facto de terem um horário de funcionamento reduzido, obrigam a que as embarcações tenham de se deslocar para a lota do Funchal (que actualmente está condicionada pelas obras de remodelação) ou para a lota do Caniçal, obrigando assim a gastos superiores de combustível”, reforçam os comunistas.

“É importante referir a importância do sector das pescas na nossa Região que emprega directamente 628 pescadores (dados 2018), que é fundamental para a nossa soberania alimentar e que garante à Região um rendimento anual superior aos 18 milhões de euros. Para além de ser um sector fundamental para garantir matéria prima para nossa gastronomia, que cada vez mais é apreciada pelos nossos visitantes tem um peso significativo para o turismo”, conclui o PCP.

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