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Explicador Madeira

Conheça todos os mitos sobre o protector solar

Com a chegada do Verão e dos dias quentes, regressam também os cuidados redobrados com a exposição solar. Entre os itens indispensáveis para proteger a sua saúde e garantir o bem-estar, o protector solar continua a ser uma das principais recomendações dos especialistas. Ainda assim, persistem dúvidas e mitos sobre a sua aplicação e eficácia. Será que só devemos utilizar protector na praia? As pessoas com a pele escura não necessitam de protecção? E aquele protector que está guardado no armário desde há dois anos ainda pode ser utilizado?

Primeiro do que tudo é necessário ter em conta de que proteger a pele não se trata apenas de uma questão estética, mas sobretudo de saúde pública. A exposição solar sem os devidos cuidados continua a ser uma das principais causas de envelhecimento precoce e de cancro de pele, sendo o uso correcto do protector solar uma das medidas mais eficazes na prevenção destes riscos.  

Mas segundo a Medicare, que consultou a especialista Ana Torre, ainda são vários os mitos que servem de justificação para que muitas pessoas continuem a apanhar sol desprotegidas.

Um dos erros mais comuns é achar que o protector solar não tem validade e utilizar as sobras de outros anos para evitar comprar uma nova embalagem. Como qualquer outro produto cosmético, o protector é habitualmente válido até um ano após a abertura, mas devemos sempre consultar as indicações na embalagem.

E é preciso ter em conta que os dias nublados não são sinónimo de menor radiação. Mesmo em zonas de frio extremo e com neve é possível que as pessoas sofram queimaduras solares, pelo que deve utilizar sempre o protector solar. E isto é válido para qualquer tipo de pele, incluindo a pele escura que é tão susceptível às queimaduras solares ou a outros problemas daí decorrentes como qualquer outra. “O que acontece, na verdade, é que é mais difícil de observar na pele escura a pigmentação provocada pelos raios ultravioleta, ou seja as manchas avermelhadas a que chamamos queimadura solar”, explica a Medicare.

Mas será que o uso de protector solar causa deficiência de vitamina D? Apesar de os raios ultravioleta serem os responsáveis pela produção da vitamina D3 (a forma activa da vitamina D), a quantidade de raios ultravioleta necessária para que isto aconteça é muito baixa. Mesmo aplicando correctamente o protector solar, há sempre lugar a que dois a três por cento de raios ultravioleta penetrem na pele, permitindo a normal produção da vitamina D3.

Outro mito tem a ver com a maquilhagem com factor de protecção solar. Mesmo assim, é necessário o uso do protector solar quando exposto ao sol. Na praia a aplicação do protector deve ser feita a cada duas horas, que é o tempo a partir do qual o produto deixa de fazer efeito.

E se for à prova de água? Antes de mais, convém esclarecer que não existem protectores solares à prova de água. Quando muito, existem protectores que resistem à água, mas isso não significa que o efeito persista. Por isso, se for ao mar ou à piscina, ou se transpirar muito, deve aplicar uma nova camada por hora e não a cada duas horas.

Tenha sempre em conta que proteger a pele do sol é fundamental para preservar a saúde e prevenir problemas a curto e longo prazo.