A assembleia ainda não tinha tomado posse, já o deputado da Iniciativa Liberal mostrava ao que vinha: Ruído, confusão, discórdia e fazer tudo para deitar abaixo o governo.

O objetivo nunca foi implementar as tais ideias liberais, que descobriu há um par de anos, folheando uma revista num consultório. O objetivo também não é melhorar a vida dos madeirenses (tirando aqueles que gravitam à volta do partido, que de barriga cheia não querem pagar impostos para financiar a educação, a saúde e a habitação social de quem precisa). O objetivo está longe de ser contribuir para um debate de ideias e projetos para a Madeira. O objetivo sempre foi ter palco, mandar umas bocas no Facebook, postar umas fotos no Instagram e tentar derrubar o governo do PSD e CDS.

Esta ideia, de estar ali no parlamento para ser parte do problema, nunca de soluções, ficou à vista de todos quando anunciou que a primeira iniciativa parlamentar que ia levar à assembleia era sobre o projeto do teleférico no Curral das Freiras. Como sabe que esta é uma questão sensível para o PAN, a IL quer trazê-la rapidamente para o debate com o objetivo de ver se provoca fissuras no acordo parlamentar assinado com o PSD.

A piada disto, é que não existe uma única linha sobre o teleférico do Curral das Freiras no programa que apresentaram aos madeirenses (vão lá ver rápido, antes que alterem). Aliás, não existe qualquer referência no programa eleitoral ao Curral das Freiras ou à sua população. É por isso, que ao escolher este tema (que têm merecido todo o apoio e entusiasmo da população do Curral das Freitas) como primeira iniciativa parlamentar, o deputado Nuno Morna mostra bem o que pretende: fazer política de terra queimada.

Porquê? Por puro despeito. Com o CDS, onde andou anos e anos até ser afastado depois de um assalto falhado à liderança. Com o PSD, por não lhe ter estendido a mão na noite eleitoral, como ele e o líder nacional bem queriam. Com o PAN, por lhe ter roubado o lugar ao lado do governo.

Felizmente para os madeirenses, o compromisso do deputado Nuno Morna com os projetos que se envolve é pouco ou nenhum, e depressa vai se fartar de brincar aos políticos e deixar-se seduzir por outros palcos.

Teresa Gonçalves