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Música e exposição ‘online’ para assinalar Dia da Europa em Portugal

Foto Diana Quintela / Global Imagens
Foto Diana Quintela / Global Imagens

Os músicos Bruno Pernadas, Selma Uamusse e Batida e nove artistas visuais portugueses participam no sábado no projeto cultural Rewind, uma das iniciativas ‘online’ do programa deste ano do Dia da Europa, que se assinala no sábado.

O projeto Rewind inclui, de acordo com o curador da iniciativa, João Vaz Silva, num comunicado hoje divulgado, “criações inéditas, encomendadas ou adaptadas para esta ocasião”. A iniciativa é “o resultado do trabalho de mais de 100 pessoas - artistas, técnicos e outros elementos da sociedade civil - que, embora separadas em espaços físicos distintos, conseguem criar um objeto comum através da colaboração”.

A programação arranca às 14:00 (hora de Lisboa) com Leituras Livres. Na conta oficial do gabinete português do Parlamento Europeu serão partilhadas “declarações ou histórias pessoais” de “um grupo de pessoas de diferentes profissões que nunca deixaram de trabalhar no terreno -- enfermeiros, comerciantes, carteiros, jornalistas, camionistas, cozinheiros, polícias, entre outros”.

Pelas 16:00, “um conjunto de cidadãos europeus procede à leitura das primeiras estrofes do Canto I de ‘Os Lusi´adas’”. Trata-se de “diferentes interpretações da mesma criação, em várias línguas, numa espécie de epopeia literária sem fronteiras, que ficam alojadas num ‘site’ criado para assinalar a data”.

Para as 18:00 está marcada a inauguração de uma exposição com curadoria da plataforma de intervenção artística Mistaker Maker, fundada por Lara Seixo Rodrigues. Nove artistas foram convocados para “criar uma obra de raiz, em torno da temática ‘Rewind’ - resiliência, solidariedade, esperança”.

As obras serão mostradas num ‘site’ a inaugurar no sábado, e a ligação vai ser disponibilizada na página oficial do Parlamento Europeu.

A mostra, que junta trabalhos de ±maismenos± (Miguel Januário), Aheneah, Catarina Glam, Mantraste, Pantónio, Raquel Belli, Tamara Alves, The Empty Belly e Tiago Galo, estará patente até 10 de junho.

As obras, criadas pelos artistas em confinamento, “serão colocadas à venda, como forma de apoio à sua atividade artística”.

A parte musical do projeto Rewind chega à noite.

Pelas 20:00 estará no ar a Rádio Normal, de Batida (Pedro Coquenão), com uma “emissão especial... normal, de uma hora com música P.L.O.P. [Países de Língua Oficial Portuguesa] e cujo principal objetivo é aproximar a Rádio fisicamente de quem a ouve e tentar ser perfeitamente Normal”.

Esta emissão, “produzida para a ocasião e ilustrada com imagens da casa e da rua de Batida, fica alojada no canal de YouTube do Parlamento Europeu e no Facebook do artista”.

No programa, Batida irá estrear um novo tema: “Esperança/Hope”, “com sonoridade ‘afro-house’, que repete a mesma palavra em todas as línguas da Europa”.

Às 21:30, a cantora Selma Uamusse interpreta o tema “Hope”, acompanhada pelo Gospel Collective nos coros. Cada um dos cantores gravou a sua parte em casa e o resultado final será mostrado no canal de Youtube do Parlamento Europeu.

O projeto termina pelas 22:00, também no canal de Youtube do Parlamento Europeu, com Bruno Pernadas, que irá apresentar “uma composição inédita, juntamente com mais oito músicos (os que habitualmente o acompanham ao vivo) a partir das suas casas”.

Rewind foi pensado para “transmitir uma mensagem de coesão, cooperação e resiliência face ao período difícil que o mundo atravessa”.

“Através do seu aspeto multidisciplinar e da diversidade de estilos, línguas, culturas e até origens étnicas dos artistas, ‘Rewind’ realça a diversidade que caracteriza a União Europeia e que pode ser encontrada também na criação cultural e artística em Portugal”, lê-se no comunicado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos - a Europa soma mais de 143 mil mortos (mais de 1,5 milhões de casos) - e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Portugal contabiliza mais de mil mortos associados à covid-19 em mais de 25.500 casos confirmados de infeção, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde.

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