>

O vírus, a praia e o bronze

Com o avanço do desconfinamento social e o aumento da temperatura atmosférica, uma ida a banhos é sempre uma opção regra geral (in) segura. Este mês de maio tem-se revelado aparentemente ótimo para uns bons mergulhos em águas marítimas e, iniciar assim a nova e estranha época balnear. Muitas vezes, é de uma forma irresponsável que o cidadão comum gere tendencialmente os seus hábitos de práticas balneares. Desde logo, o respeito pelo meio ambiente num espaço que é de todos, mas agora acrescido da necessidade do distanciamento social recomendado. Portanto, a existência de mega chapéus fixos na praia e muita gente à sombra do mesmo, deixa de ser aconselhável. Não sei como é que os Municípios vão gerir esta situação, assim como, o modo correto e disciplinado de funcionamento das instalações sanitárias! A vontade de querer afogar, no mar ou nas piscinas este invasor indesejado chamado coronavírus, não pode ocorrer a qualquer preço. Nunca foi tão apetecível esquecer a calamidade em vigor e, querer sentir as águas temperadas e amenas da nossa costa a nos acariciar. Mas atenção banhistas, com o tempo quente e solarengo os UV ficam mais agressivos em terra, e no mar as alforrecas e caravelas portuguesas (águas-vivas) vão dominando perigosamente a orla marítima. Além disso, ainda não há praias vigiadas e, pelo que sei, os vigilantes este ano não puderam terminar a formação necessária com o aparecimento do covid-19. A tudo isto acrescenta-se a duvidosa qualidade das águas, por não terem sido ainda divulgadas as praias distinguidas com bandeira azul. Entretanto os complexos balneares também estarão abertos aos amantes do sol e do mar, e é a partir de agora que os escaldões cutâneos seriamente prejudiciais acontecem um pouco por toda a parte. É muito difícil adquirir um bronzeado uniforme sem mazelas em poucos dias de exposição ao sol, mesmo com protector solar. Este processo exige muito tempo e cuidados redobrados. Acho mesmo que se deve iniciar cautelosamente a ida à praia em dias com pouco sol, para que haja uma adaptação progressiva da nossa pele aos raios solares. Termino, sugerindo a necessidade de não exceder um período de três horas, e assim salvaguardar a nossa saúde e bem-estar, e desta forma disponibilizar também a praia para outros veraneantes.

Vicente Sousa

Fechar Menu