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Aeroportos sem Autonomia

Os aeroportos existentes na Região estão em pantanas. Os aeroportos estão nas mãos da multinacional Vinci. E desde o sector dos bombeiros, às empresas de segurança ou da limpeza, à Ibersol, a multinacional que explora as lojas do Aeroporto da Madeira e do Porto Santo, à Groundforce e à Portway, com a ANA à mistura, em larga escala, aquelas empresas vão para o regime de lay-off. Muitas das empresas dos aeroportos da Madeira e do Porto Santo estão a contactar os seus trabalhadores para anunciar a suspensão da atividade e a dispensa de trabalhadores.

Para além do que toda esta situação comporta de ataque aos direitos dos trabalhadores, no que implica de corte significativo nos direitos remuneratórios, está em causa um sector estratégico para uma região insular. Tratando-se de um serviço público fundamental, mais ainda para uma economia insular, é desastrosa a situação que neste momento está criada nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo.

Para além do facto de nada poder o Governo Regional quanto ao encerramento dos aeroportos, para o presente e para o futuro, nos aeroportos existentes na Região fica patente como a dependência da exploração por privados de um fundamental serviço público deixa a Autonomia completamente de rastos. Dependendo de empresas, nalguns dos casos grandes multinacionais, com interesses estranhos à Região, cuja lógica é predatória, objetivando apenas e só o máximo lucro, assim, a Autonomia fica refém de objetivos que não asseguram o superior interesse regional. Agora, o pretexto é o Covid-19 e a pandemia, noutras situações a lógica do lucro determinará outros condicionamentos que deixarão a Região sem poder de decidir sobre os direitos e interesses da Região e do seu Povo.

Fica escancarada a completa vulnerabilidade dos lugares estratégicos em relação aos quais a Autonomia é igual a zero e para os quais importa repensar o poder regional.

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