>
Mundo

Wall Street fecha em alta graças à recuperação do preço do petróleo

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores a recuperarem de um início de semana difícil e a demonstrarem tranquilidade pela forte recuperação do preço do petróleo.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o indie seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 1,99%, para os 23.475,82 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq avançou 2,29%, para as 8.495,38 unidades, e o alargado S&P500 progrediu ainda mais (2,81%), encerrando nas 2.799,31.

Nas duas sessões anteriores, Wall Street sofreu com o descalabro histórico dos preços do petróleo, designadamente do que é referência nos EUA, o WTI, que fechou em terreno negativo na segunda-feira, algo nunca visto.

A nítida recuperação verificada no mercado petrolífero, com o WTI a valorizar 19% e o Brent 5,4%, aliviou hoje o ambiente na praça nova-iorquina.

Para Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors, os investidores “começaram a refletir nas implicações de longo prazo de um petróleo a preços tão baixos”.

Na sua opinião, os agentes do mercado “deram-se conta de que mesmo que a descida do nível das reservas demore muito tempo, os preços atuais não são sustentáveis num horizonte alargado”.

Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo mundial de petróleo afundou e os ‘stocks’ ficaram cheios, aproximando-se da saturação em vários países.

Por outro lado, os resultados trimestrais das empresas integrantes do S&P500 continuaram a ser divulgados.

Na terça-feira à noite, a Netflix anunciou que conseguiu 16 milhões de novos assinantes pagos, uma subida devida em grande parte às medidas de confinamento em várias partes do mundo para limitar a propagação do novo coronavírus.

Este grupo de transmissão de séries e filmes mostrou-se contudo prudente, qualificando esta subida de “temporária”. A sua ação baixou 2,9% em Wall Street.

Por norma, escrutinado pelos investidores, “os resultados perderam a sua pertinência”, estimou Ogg, dado o contexto inédito que envolve a economia norte-americana.

“O que é mais importante é o que as empresas têm a dizer sobre as suas perspetivas, mas a realidade é que isso está por definir”, considerou.

Fechar Menu